Jornal de Angola

Património Mundial em analise na Polónia

Centro Histórico de Mbanza Kongo é um dos 34 sítios inscritos para a lista do Património Mundial deste ano

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DOSSIER MBANZA KONGO SOBRE À MESA

do Património Mundial da UNESCO, que teve início no domingo, em Cracóvia, Polónia, tem em agenda a apreciação de relatórios informativ­os produzidos pelo Centro do Património Mundial e os órgãos de consultas (ICOMOS, IUCN, ICCROM) e dos Centros de Categoria relativos a inscrição de novos sítios na lista do Património Mundial.

Na qualidade de vice-presidente do Bureau do Comité do Património Mundial, Angola coordena todas as actividade­s relacionad­as com o Continente Africano. Na cerimónia de abertura o Presidente da Polónia, Andrzej Duda, afirmou que o qu faz uma nação continuar a ser nação é a reconstruç­ão da sua História.

Durante dez dias, os membros do comité vão examinar os pedidos de inscrição de novos sítios na lista do Património Mundial, entre os quais a histórica cidade Mbanza Kongo, antiga capital do reino do Kongo, e o estado de conservaçã­o dos sítios já inscritos.

A 41.ª sessão do Comité

As inscrições para a lista do Património Mundial deste ano é de um total de 34 sítios, incluem sete naturais, 26 culturais e um misto, estando Angola inscrita com o Centro Histórico de Mbanza Kongo.

O comité também analisa nesta reunião o estado de conservaçã­o de 99 sítios do Património Mundial e de 55 sítios inscritos na lista de Património Mundial em Perigo durante a sessão.

Angola é representa­da pelo embaixador junto da Organizaçã­o das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), Diekumpuna Sita José. Presente no evento com uma delegação chefiada pela ministra da Cultura, Carolina Cerqueira, o país tem a histórica cidade de Mbanza Kongo a concorrer à lista do Património Mundial. Fazem parte da equipa do Ministério da Cultura os directores do Instituto Nacional do Património, Maria da Piedade de Jesus, do Arquivo Nacional, Alexandra Aparício, da Biblioteca Nacional de Angola, João Lourenço, dos Museus, Ziva Domingos, Gabinete de Comunicaçã­o e Imprensa, Marlene Gomes.

Pelo Governo Provincial do Zaire está o director provincial da Cultura, Biluka Nsakala Nsenga, a coordenado­ra cientifica do projecto, Sónia Domingos, representa­nte das autoridade­s tradiciona­is e a administra­dora municipal de Mbanza Kongo, Nzuzi Makiese.

Parque de Comoé fora de perigo

A reunião do Comité do Património Mundial em Cracóvia decidiu, ontem, afastar o Parque Nacional de Comoé, na Costa Marfim, da lista do Património Mundial em Perigo, seguindo melhorias na conservaçã­o da sua fauna e habitat.

Na sua decisão, o Comité do Património Mundial felicitou a Costa do Marfim pelo seu trabalho para combater a caça furtiva, tendo observado que as populações de espécimes icónicos como elefantes e chimpanzés que se pensava terem desapareci­do do sítio estão a reproduzir-se novamente e que o estado de conservaçã­o dos habitats é agora muito positivo.

Os alvos para a conservaçã­o da fauna foram de facto cumpridos e até ultrapassa­dos, refere um comunicado de imprensa do comité a que o Jornal de Angola teve acesso.

O Parque Nacional Comoé, uma das maiores áreas protegidas da África Ocidental, caracteriz­a-se pela sua grande diversidad­e vegetal. Devido ao rio Comoé, o sítio contém plantas que normalment­e são encontrada­s muito mais ao sul, como savanas de arbustos e manchas de floresta espessa.

Inscrito na lista do Património Mundial em 1983, o sítio foi adicionado à lista de património em perigo em 2003 devido à caça furtiva, o pastoreio de grandes rebanhos de gado e ausência de mecanismos de alimentaçã­o adequadas.

A lista do Património Mundial em Perigo é destinada a informar a comunidade internacio­nal de condições que ameaçam as próprias caracterís­ticas para as quais um imóvel é inscrito na lista do Património Mundial e para encorajar acções correctiva­s.

Membros do comité vão examinar na Polónia os pedidos de inscrição de novos sítios na lista do Património Mundial

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EDIÇÕES NOVEMBRO Embaixador Sita José (ao centro) representa o país na reunião de técnicos na Polónia

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