CASA-CE e UNITA estão em pé de guerra
Ainda mal começou a campanha eleitoral e já a CASA-CE e a UNITA estão em pé de guerra. A CASACE disse estar indignada com a UNITA por causa da propaganda hostil e gratuita contra o seu presidente Abel Chivukuvuku, promovida pela Rádio Despertar, e ligada a interesses políticos do partido liderado por Isaías Samakuva, que no seu discurso de apresentação dos candidatos da sua formação política às eleições, ontem em Viana, prometeu acabar com a miséria em Angola.
A CASA-CE está indignada com a UNITA por causa da propaganda hostil e gratuita contra o seu presidente Abel Chivukuvuku promovida pela Rádio Despertar, ligada a interesses políticos do partido de Isaías Samakuva.
A coligação, integrada por seis partidos políticos (Bloco Democrático, PDP-ANA, PADDA-AP, PPA, PNSA e PALMA), considera que os jornalistas e comentaristas daquela estação de rádio têm tido um comportamento “pouco auspicioso” quando se referem à CASA-CE.
Esta rádio, segundo a CASA-CE, tem feito “ataques indecorosos e incendiários que de forma alguma se conformam aos ditames da ética e da deontologia profissionais.” Esses ataques, segundo uma carta aberta da coligação amplamente divulgada, ferem o quadro legal que deve guiar um órgão de comunicação social, a moral, o civismo e a cidadania.
A coligação, admitida pelo Tribunal Constitucional a concorrer às eleições gerais de 23 Agosto próximo, considera “radical e inverosímil a atitude tomada pelos responsáveis da Rádio Despertar.” A CASA-CE manifestou o seu espanto com o “fogo amigo”, pelo facto de alguns dos seus responsáveis, dissidentes da UNITA, até terem estado na origem da criação da estação, antes da fundação da coligação inicialmente composta pelo PADDA-AP, PPA, PNSA e PALMA.
“A Rádio Despertar surgiu para praticar uma comunicação digna, observando todos os ditames recomendados e dar voz aos angolanos na promoção da democracia”, lê-se na carta aberta, que acrescenta que a estação radiofónica em causa “não foi concebida para flagelar outras forças na oposição”, revelando que o plano era visar o MPLA. A coligação de partidos políticos considera “propositada” a posição da Rádio Despertar, sobretudo dos seus comentaristas para questões políticas cujo “desvio de conduta reflecte a raiva visceral contra Abel Chivukuvuku.