União Africana elogia condução das eleições
Quando faltam 48 dias para ao pleito Estadistas africanos consideram exemplar e transparente o percurso já feito
A União Africana está satisfeita com o andamento do processo eleitoral em Angola, qualificando-o de “justo, transparente e exemplar” e encorajaram as “instituições” que o conduzem a prosseguirem com o mesmo rigor e dedicação. A satisfação foi transmitida ao ministro da Defesa Nacional, João Lourenço, que em Adis Abeba representou o Presidente José Eduardo dos Santos na Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da União Africana.
Os representantes de distintos países africanos manifestaram-se felizes com a seriedade e maturidade do processo que culmina no dia 23 de Agosto com a escolha, nas urnas, do Presidente da República, do Vice-Presidente e dos deputados à Assembleia Nacional.
“Angola foi alvo de atenção particular, tornando-se num objecto de muita curiosidade por parte dos participantes, que procuraram saber aspectos atinentes ao processo eleitoral no país”, revelou o secretário de Estado das Relações Exteriores, Manuel Augusto, à imprensa, no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro.
À margem da cimeira, o ministro da Defesa nacional, João Lourenço, entregou mensagens enviadas pelo Presidente da República aos seus homólogos, expressando o reforço dos laços de amizade e cooperação, além de dar a conhecer informações sobre as eleições gerais aprazadas para o dia 23 de Agosto, nas quais não volta a candidatar-se.
Para observarem as eleições em Angola, o Presidente José Eduardo dos Santos enviou, na segunda-feira, convites a entidades e representantes de organizações continentais, como a União Africana, União Europeia, Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, Comunidade Económica dos Países da África Central e Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.
Entre os convites entregues pela secretária de Estado da Cooperação, Ângela Bragança, constam nomes como consta dos antigos Presidentes de Timor Leste, Ramos Horta, Lucas Pohamba (Namíbia), Joaquim Chissano (Moçambique), Pedro Pires (Cabo Verde), Manuel Pinto da Costa (São Tomé e Príncipe), John Mohama (Ghana) e do antigo primeiro-ministro de Cabo Verde, José Maria Neves. A secretária de Estado manifestou o desejo de Angola ter o antigo Presidente de Timor Leste como observador eleitoral, assim como as demais entidades convidadas para acompanhar as eleições, que se querem pacíficas, transparentes e justas. As relações de amizade entre os povos e os governos de Angola e Timor-Leste foram igualmente destacadas no encontro entre os diplomatas dos dois países.
A Lei de Observação Eleitoral não impõe limitação do número de convidados para a observação eleitoral para o Presidente da República e para a
Representantes de distintos países africanos manifestaram-se felizes com a seriedade e maturidade do processo eleitoral em Angola
Comissão Nacional Eleitoral. Já a Assembleia Nacional, convidou os fóruns parlamentares da SADC e da CPLP, os parlamentos Pan-africano e o Europeu, o Fórum Parlamentar da Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos, o secretário-geral da União Interparlamentar e o secretário-geral da União Parlamentar Africana.
As formações políticas concorrentes às eleições gerais de 23 de Agosto também enviaram convites. O MPLA convidou vários partidos políticos, como a FRELIMO, SWAPO, PAICV, PCT (Congo), Partido Comunista Português, Partido Socialista Português, o Partido Trabalhista do Brasil, Partido Social Democrático da Suécia, a ZANU-PF do Zimbabwe, o ANC, o CDS PP de Portugal, o PSOE de Espanha, os partidos comunistas da China e do Vietname e a Organização Internacional Socialista.
Já a UNITA indicou como observadores eleitorais a Fundação Carter, dos Estados Unidos da América, o PRS da GuinéBissau, o Partido Popular Espanhol, a MLC da República Democrática do Congo, a RENAMO de Moçambique, o Movimento Democrático de Moçambique, a Fundação Korand Adenauer e, individualmente, o Dr. António Vilar Pilares.