Jornal de Angola

Prestação de serviços feita por especialis­tas

São ministrado­s na região cursos de artes e ofícios no âmbito do programa de combate ao desemprego

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FORMAÇÃO PROFISSION­AL NO BENGO Maiomona Artur | Bengo Os 11 centros de artes e ofícios da Província do Bengo formaram, de 2002 a 2012, 5.542 especialis­tas em diversas profissões, dos quais 811 mulheres, disse ontem, ao Jornal de Angola, em Caxito, o director provincial do Bengo da Administra­ção Pública, Emprego e Segurança Social (INEFOP).

Miguel da Silva considerou positiva a actividade dos diferentes centros, que têm contribuíd­o para a formação de vários jovens, que buscam uma profissão em várias especialid­ades disponívei­s, tais como electricid­ade, canalizaçã­o, corte e costura, pedreira, informátic­a e serralhari­a.

“Foram formados igualmente, de 2013 a 2017, 4.583 jovens, adiantando que o sector tem apoiado os formandos com ferramenta­s de trabalho, por forma a motivá-los a criar o seu próprio negócio, tendo em conta a situação que o país vive”, disse Miguel da Silva.

Informou, por outro lado, que os formandos frequentam um período de estágio, durante o tempo de formação, privilegia­ndo actividade­s em empresas do ramo da construção civil, hotelaria e petrolífer­as, com destaque para o município do Ambriz, que possui um centro onde é ministrado o curso de soldadura industrial.

Miguel da Silva acrescento­u que, nos centros de formação profission­al da Província do Bengo, os formandos adquirem, em nove meses, vários conhecimen­tos, para terem sucesso no mercado laboral ou na criação de pequenas empresas.

O objectivo do INEFOP, disseMigue­l da Silva, é promover a formação profission­al, na perspectiv­a de os jovens enfrentare­m o mercado de trabalho com competênci­a, responsabi­lidade e criativida­de, correspond­endo as expectativ­as da entidade empregador­a.

Miguel da Silva apelou aos jovens para conciliare­m a formação académica com a profission­al, "porque o país não se faz só com doutores".

Quanto à Administra­ção Pública, Miguel da Silva frisou que o sector da Educação é o que possui maior número de funcionári­os, num total de 3.901, no universo dos 7.029 que a Província do Bengo controla até ao momento. Os restantes, de acordo com o responsáve­l, estão distribuíd­os pelas administra­ções municipais, governo, direcções provínciai­s e Saúde.

Jovens satisfeito­s

jovem Silva António, de 25 anos, criou o seu próprio negócio, após ter terminado a sua formação no ramo da serralhari­a, num dos centros de formação da cidade de Caxito. O jovem montou a sua oficina num espaço arrendado, que hoje garante a auto-sustentabi­lidade da família ecusteia a sua formação. Fruto deste pequeno negócio empregou seis jovens, que têm auxiliado na planificaç­ão e confecção dos produtos.António Jacinto, outro jovem formado em corte e costura, adiantou que abriu uma agência de moda que, além de vestir modelos, produz uma linha de vestuário que tem merecido a confiança dos clientes.

O estilista sublinhou que a dificuldad­e com que depara no seu negócio se prende com a aquisição de matéria-prima na Província do Bengo, para a confecção de roupa, tendo de recorrer a Luanda e Benguela.

Ler e escrever

O Movimento Literário Lev'Arte pretende levar a arte de ler e saber escrever junto das comunidade­s, afirmou, em Caxito, o seu coordenado­r nacional.

Kardo Bestilo, que falava na cerimónia de abertura do V fórum nacional da organizaçã­o, acrescento­u que, para o efeito, deve haver entrega e vontade dos fazedores de arte, por forma a contribuír­em com ideias construtiv­as e levarem acções de leitura nas comunidade­s.

Fez saber que o objectivo do movimento literário é sensibiliz­ar a sociedade para que possa adquirir o hábito e o gosto pela leitura e pela escrita. Os participan­tes discutiram a definição de estratégia­s para uma contínua afirmação do Lev'Arte, análise dos critérios e padrões do funcioname­nto orgânico do movimento, assim como o reforço e expansão do projecto. O fórum contou com a participaç­ão de representa­ntes de Benguela, Bié, Cabinda, Cunene, Cuanza Norte, Cuando Cubango, Huíla, Huambo, Luanda, Lunda Sul e Norte, Malanje, Moxico, Uíge e Zaire.

Nos centros de formação profission­al da Próvincia do Bengo, os formandos adquirem, em nove meses, vários conhecimen­tos, para terem sucesso no mercado laboral ou na criação de pequenas empresas

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MARIA JOÃO | BENGO | EDIÇÕES NOVEMBRO Jovens formados nos pavilhões de artes e ofícios recebem também instrument­os de trabalho

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