Banco da China apoia estratégia de crescimento do comércio
Instituição financeira de Pequim considera que quanto maior forem os fluxos de comércio mais elevadas serão as oportunidades de expansão no mercado nacional
O representante do Banco da China Sucursal de Luanda declarou ontem, ao Jornal de Angola, estar com grandes expectativas de ancorar a sua estratégia de crescimento ao comércio bilateral, considerando que, quanto maiores forem as trocas, mais elevadas serão as oportunidades de negócio.
O Banco da China Sucursal de Luanda declarou ontem, ao Jornal de Angola, expectativas de ancorar a sua estratégia de crescimento ao comércio bilateral, considerando que, quanto maiores forem as trocas, mais elevadas serão as oportunidades de negócio.
Depois de iniciar as operações, no princípio de Junho, a subsidiária angolana do Banco da China tem os negócios assentes na banca corporativa - servindo sobretudo empresas - mas projecta complementar a carteira com negócios no sector de retalho, com ofertas dirigidas a clientes particulares, afirmou a instituição financeira em respostas enviadas por escrito a este jornal.
Os produtos e serviços do Banco da China estão por agora dirigidos a organismos institucionais e empresas e incluem depósitos, créditos e intermediações, havendo expectativas de que venha a entrar no negócio retalhista de forma suave, apenas acompanhado da finança corporativa.
A estratégia é a de implantar-se como um banco comercial de clientes corporativos e expandir gradualmente a quota de mercado com base na dinâmica das trocas comerciais entre Angola e a China, no ano passado cifradas em 15.579 milhões de dólares (2,597 triliões de kwanzas).
O banco chinês revelou que não prevê incluir capital angolano na sucursal, por agora, um subsidiária de uma instituição financeira chinesa, e não um banco de direito angolano, obrigado a incorporar capital maioritário nacional.
Mas, afirma a nota, o banco acredita que “as leis angolanas, bem como as políticas financeiras e regulamentos prudenciais aplicados pelo BNA desempenham um papel muito importante no funcionamento de um sistema bancário estável.”
A sucursal do Banco da China considera que, desde o início da reconstrução pós-guerra, em 2002, Angola realizou progressos económicos de forma dinâmica, alcançando resultados “impressionantes”, tornando-se numa das economias mais importantes de África.
O banco considera que, embora a economia nacional esteja a atravessar um momento difícil, devido ao impacto da crise do petróleo, os obstáculos são temporários.
O documento afirma que o banco dá importante relevo ao processo de implementação de políticas de diversificação económica em curso para abandonar a excessiva dependência do petróleo, o que diz ser “uma direcção correcta para o desenvolvimento.”
Variáveis das trocas
Dados do Fórum de Macau, organismo da cooperação entre a China e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), afirmam que, no ano passo, Angola dominou o comércio com a China em mais de 85 por cento, com vendas avaliadas em 13.818 milhões de dólares (2,303 triliões de kwanzas) e aquisições de 1.761 milhões (293,558 milhões de kwanzas).
Este ano, o ministro das Finanças, Archer Mangueira, assinou, em Pequim, acordos de financiamento de projectos a executar em Angola com duas instituições financeiras chinesas.
Um acordo de financiamento relativo ao Plano Nacional de Geologia (Planageo) foi assinado com o Banco de Exportações e Importações da China, que deve garantir 65,3 milhões de dólares (cerca de 11 mil milhões de kwanzas) dos 76,8 milhões necessários (perto de 13 mil milhões).
O outro acordo foi assinado entre o ministro das Finanças e o Banco de Desenvolvimento da China e centra-se na construção de um centro de formação, fornecimento e instalação de uma base de dados do Ministério da Energia e Águas, com um custo de 41,5 milhões de dólares (cerca de sete mil milhões de kwanzas), 35,3 milhões (59 mil milhões) dos quais assegurados pelo banco chinês.
A estratégia é a da implantação como banco comercial de clientes corporativos e expandir a operação de forma gradual para elevar a quota de mercado com base nos fluxos de comércio entre Angola e a China