Ataque de radicais na região Sinai mata soldados
Um ataque perpetrado ontem contra um posto de controlo do Exército egípcio, na fronteira com a Faixa de Gaza, matou pelo menos 10 militares egípcios e feriu mais de vinte soldados, informaram responsáveis das Forças Armadas.
As mesmas fontes, que não quiseram ser identificadas, indicaram que o ataque começou quando um carro armadilhado chocou com a barreira do posto de controlo na aldeia de El-Barth a sul de Rafah. Seguiu-se um tiroteio por parte de dezenas de atacantes encapuzados.
Os mortos incluem um alto oficial das forças especiais egípcias e pelo menos 20 outros militares ficaram feridos no ataque.
O atentado contra o posto de controlo de El-Barth não foi reivindicado, segundo a agência noticiosa norteamericana Associated Press.
As Forças Armadas egípcias anunciaram ainda terem abortado outros ataques por parte de combatentes “takfiri” (radical) contra vários postos de controlo a sul da região de Rafah.
No decurso dessa operação, as forças do Exército e a Polícia mataram mais de 40 rebeldes e destruíram seis veículos todo-o-terreno.
O Egipto tem enfrentado nos últimos anos ataques mortíferos no norte do Sinai, sobretudo por parte de militantes de um grupo ligado ao movimento extremista Estado Islâmico.
Os ataques terroristas intensificaram-se desde o derrube do Presidente islamita Mohamed Mursi num golpe de Estado militar em Julho de 2013.
Desde então, os actos terroristas multiplicaram-se não só no Sinai e, geralmente, os alvos são membros das forças de segurança, ainda que recentemente os cristãos coptos tenham sido alvo de quatro sangrentos atentados, reivindicados todos eles pelo Estado Islâmico.
As Forças Armadas egípcias anunciaram que, apesar dos ataques, não vai baixar a guarda e prometeram travar as acções dos rebeldes vinculados ao Estado Islâmico.