Angolanos mantêm lugar na classificação da prova
Pupilos de Raul Duarte superaram ontem a Coreia do Sul numa partida intensa decidida nos últimos segundos
A Selecção Nacional Sub19 masculina de basquetebol encerrou a participação no Campeonato do Mundo da categoria, que decorreu até ontem no Egipto, com uma difícil vitória sobre a Coreia do Sul, arrancada no último segundo, por 58-56, igualando desta forma o 13º lugar obtido em 2009, na Nova Zelândia.
No início, Angola apresentou-se algo apática, com uma defesa permissiva, saída para o ataque descoordenado, lançamentos precipitados, abdicando do tempo que tinha para procurar uma melhor finalização, ante uma Coreia rápida e letal.
Dos três lançamentos de três pontos tentados, a Selecção Nacional falhou todos, ao passo que o adversário obteve 50 por cento, ao converter dois dos quatro ensaiados, abrindo uma vantagem de sete pontos (11-18), no final do primeiro quarto.
Houve uma melhoria significativa no período seguinte, fruto dos acertos defensivos. O seleccionador nacional, Raul Duarte, optou pela defesa à zona, obrigando o adversário a lançar de longa distância, quando Sílvio de Sousa se mostrava dono e senhor dos ressaltos defensivos, fazendo igualmente a diferença na finalização debaixo do cesto.
Quando restavam quatro minutos e 20 segundos para o intervalo, Angola já liderava o marcador (23-20). A formação asiática encontrava dificuldades para concretizar os seus intentos. Perdeu no parcial, por 17-9, traduzindo a vantagem no agregado para os campeões africanos (2827) ao intervalo.
O cenário do primeiro quarto voltou a repetir-se no terceiro período. O combinado angolano entrou mal. Em seis ataques fez apenas dois pontos, contra oitos dos asiáticos, fruto de duas perdas de bola por precipitação no lançamento.
Atento ao mau momento, Raul Duarte solicitou desconto de tempo, para as devidas correcções. As melhorias não foram substanciais e a Coreia do Sul voltou a levar a melhor no final do terceiro quarto (46-43). Dos 37 lançamentos de dois pontos, o acerto foi de 16, nos arremessos de três a percentagem era nula, pois foram tentados 15 sem sucesso. Angola conseguiu somente 11 pontos dos 25 possíveis.
Na etapa derradeira da partida as equipas denotavam algum nervosismo. Numa das saídas para o ataque, Jonatão Ndjungo perdeu a bola e, na sequência, Levi Miguel fez uma falta desnecessária, dando direito a um lançamento adicional a Jae Ming Yang.
O primeiro e único triplo de Angola surgiu através de Selton Miguel, depois de 19 tentados. Nesta Altura, o base Childe Dundão fazia a diferença na distribuição das jogadas, assistia Sílvio que concluía hora em bandeja alta, ora em afundanços.
À medida que o tempo corria, o resultado era favorável aos angolanos (55-51), mas se seguiram os erros sucessivos e a Coreia chegou a empatar (56-56), a 11 minutos do final.
O extremo-poste Sílvio de Sousa voltou a ser o MVP, ao anotar um duplo-duplo, fruto de 27 pontos e 23 ressaltos. Teve ainda tempo para três assistências e igual número de roubo de bola.
No final, Raul Duarte reconheceu que a classificação poderia ter sido melhor. Recordou as partidas equilibradas frente a adversários mais competitivos: “Cumprimos com um dos nossos objectivos. Fizemos boas partidas com um dos candidatos ao título, a Itália. Cometemos alguns erros, que foram fatais diante do Porto Rico, mas felizmente conseguimos igualar a última presença no Mundial da Nova Zelândia”
A selecção do Mali, segunda representante africana na competição mundial, terminou na 16ª e última posição, ao perder por 6170, diante do Irão.
“Cumprimos com um dos nossos objectivos. Fizemos boas partidas com um dos candidatos ao título, a Itália. Cometemos alguns erros, que foram fatais diante do Porto Rico, mas felizmente conseguimos igualar a última presença no Mundial da Nova Zelândia”