Jornal de Angola

Futebol com qualidade

- BOLA DIVIDIDA

A contagem do tempo é, a partir de hoje, decrescent­e para os Palancas Negras às ordens do hispano-brasileiro Roberto Bianchi, que domingo disputam em Port Louis, frente aos Dodôs das Ilhas Maurícias, a primeira “mão” da segunda eliminatór­ia de apuramento para o CHAN do próximo ano, no Quénia.

Desde Março na estrada à procura de novos ventos, depois de bater no fundo e com estrondo, a Selecção Nacional de Honras de futebol, na sua versão doméstica, vai a exame. Chegou o momento de exibir os ganhos do trabalho feito na África do Sul, quer na Taça Cosafa quer nas duas semanas que se seguiram à disputa da prova regional.

Está claro que o momento é de criar condições visando o surgimento de resultados, a médio e longo prazos. Deste modo, é de todo excessivo considerar fracasso a ausência nos quartos-de-final da competição que distingue o país mais competitiv­o da modalidade, na zona Austral do continente.

Os dados extraídos da Cosafa mostraram uma equipa segura na defesa, batalhador­a no meio campo, mas sem chama no ataque. Em três jogos disputados, marcou apenas um golo, razão pela qual Bianchi chamou de Luanda Yano, do Progresso Sambizanga, para assumir o poder de fogo não notado com Kaporay, Bugos e Fofó na equipa, mesmo apoiados por Vá, Job, Paty, Nelson da Luz e Amaro.

Pelo tempo de trabalho juntos, de que resulta a disputa intermiten­te do Girabola, os Palancas Negras estão obrigados a apresentar futebol com sentido de jogo. Com o CHAN definido como o principal objectivo no desafio de retoma competitiv­a da Selecção, cair aos pés das Maurícias vai ser um rude golpe às aspirações criadas em torno da desejada “nova era” de Angola na África do futebol. O percurso de vida feito de forma honesta e digna diz-nos que “ninguém colhe sem plantar”. Mas isso não iliba o combinado angolano de cobranças quanto à qualidade do seu jogo.

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