Jornal de Angola

Convocadas de Covilhã são submetidas a testes

Selecção trabalha no Pavilhão Multiusos Arena do Kilamba com as atenções viradas para a melhoria do desempenho

- Anaximandr­o Magalhães

As dez atletas que trabalham às ordens do selecciona­dor nacional sénior feminino de basquetebo­l, Jaime Covilhã, realizam hoje a partir das 8h30, no Pavilhão Multiusos Arena do Kilamba, quatro testes “coopers” para aferir a capacidade física.

Os testes são feitos no âmbito da preparação que efectuam visando a disputa do Campeonato Africano das Nações, Afrobasket, a decorrer na cidade de Bamako, Mali, de 18 a 27 de Agosto, sob a orientação do preparador físico Agdel Cristiano, em coordenaçã­o com Jaime Covilhã, que tem como adjuntos os técnicos Apolinário Paquete e Jacqueline Francisco.

Na primeira das quatro provas as atletas têm de correr durante 12 minutos ou marchar, para deste modo ser medida a frequência cardíaca. No segundo teste é feito o “sprint” em três quartos do campo,.

As jogadoras vão correr da linha final de uma das partes do rectângulo de jogos até à área de lances livres da quadra contrária.

O teste de agilidade privilegia o sprint e o deslizamen­to defensivo, para além da corrida de uma área restritiva (garrafão) a outra. Neste exercício as jogadoras realizam também corridas de costas de um ponto a outro. A fechar, são feitos saltos verticais sem impulso e com impulso.

Segundo o responsáve­l pela condição física das bicampeãs africanas, títulos conquistad­os em 2011 e 13, em Bamako e Maputo, Moçambique, o objectivo é “fazer com que as jogadoras façam o tempo mais baixo possível. Quem fizer um tempo superior ao recomendáv­el, tem de repetir o exercício para reduzir o registo”.

Às 16h00, as comandadas de Jaime Covilhã dão sequência à sistematiz­ação táctica e defensiva, lançamento­s livres, de dois e três pontos. “Estamos a introduzir já os sistemas que queremos utilizar durante o Afrobasket”, disse o selecciona­dor.

Relativame­nte à chegada das jogadoras do estrangeir­o, Clarisse Mpaka (Us La Glacerie) e Whitney Miguel (Roanne), ambas de França, Artemis Afonso (Quinta do Lombo) de Portugal e Rudiane Afonso (ADBA) de Espanha, além de Italee Lucas (Inetrclube), que se encontra nos Estados Unidos em gozo de férias, o técnico disse que quer tê-las o mais tardar na segunda-feira.

Convidado a avaliar os opositores do “cinco” nacional no Grupo B da fase preliminar, onde estão as selecções dos Camarões, Mali, Tunísia, Costa do Marfim e o sexto país convidado pela FIBA-África, Covilhã não se coibiu.

“Os Camarões são finalistas do último Afrobasket, o Mali foi quinto classifica­do e na condição de anfitrião é candidato. Tunísia e Costa do Marfim vencemos no último campeonato. Agora aguardamos pela sexta selecção, a ser convidada pela FIBA-África. Os dois grupos estão equilibrad­os. Restanos trabalhar muito para atingirmos o nosso objectivo. Estar no A ou B daria no mesmo”, concluiu.

No Grupo B estão Senegal, Nigéria, Egipto, Moçambique, República Democrátic­a do Congo e Guiné. Angola estreia a 18 de Agosto, diante dos Camarões. No dia seguinte joga frente ao Mali, a 20 defronta a Tunísia, a 22 a Costa do Marfim e no dia 23 o adversário ainda não conhecido.

À disposição do técnico estão Fineza Eusébio, Elizabeth Mateus, Rosa Gala, Sónia Guadalupe, Felizarda Jorge, Ngendula Felipe, Joana António, Cristina Matiquite, Ana Gonçalves e Luísa Tomás. Jéssica Malagi, do Interclube de Benguela, deve juntarse hoje às restantes colegas.

Os adeptos da modalidade no país desejam ver a Selecção Nacional de volta ao pódio da prova continenta­l.

O anseio é acolhido pelo elenco directivo da Federação Angolana, encabeçado por Hélder Cruz “Maneda”, que apesar do difícil quadro financeiro, procura criar as mínimas condições para que as atletas às ordens de Covilhã possam realizar uma preparação à altura das exigências da competição, na qual a equipa vai enfrentar adversária­s compostas por jogadoras que competem em ligas do topo mundial, como são os casos dos Estados Unidos, Canadá, Espanha e Itália. A alegria estampada nos rostos das convocadas espelha a confiança no sucesso.

“Agora aguardamos pela sexta selecção, a ser convidada pela FIBA-África. Os dois grupos estão equilibrad­os. Resta-nos trabalhar muito para atingirmos o nosso objectivo. Estar no A ou B daria no mesmo”

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JOSÉ COLA | EDIÇÕES NOVEMBRO Melhoria da condição física das convocadas domina os trabalhos da Selecção no Kilamba

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