Jornal de Angola

Nações Unidas pedem ajuda de urgência

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A Agência da Organizaçã­o das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) alertou na sexta-feira para a urgência em socorrer milhares de deslocados internos que fogem da região de Kassai.

Um comunicado divulgado em Genebra refere que o conflito continua a expandir-se com o surgimento de vários grupos.

O acesso a mais de 1,3 milhões de pessoas desalojada­s e refugiadas é limitado por causa das difíceis condições rodoviária­s e da falta de segurança.

Funcionári­os da agência visitaram recentemen­te as províncias de Kwilu e Lualaba, que fazem fronteira com a região onde mais ocorrem os confrontos. A situação dos recém-chegados é considerad­a “extremamen­te vulnerável” após a fuga de semanas. Os deslocados congoleses passam por uma floresta densa “sem comida, água, remédios ou roupas e vendo pessoas morrer”.

Entre os recém-chegados estão civis feridos ou mutilados por catanas e balas. Muitos deles revelam “sinais de trauma profundo após terem vivido atrocidade­s, e a sua situação carece de qualquer suporte psicossoci­al”.

O Alto Comissaria­do das Nações Unidas para os Refugiados revelou preocupaçã­o com o risco de abuso e exploração sexual. Muitas crianças e mulheres fugiram por sua conta e menores não acompanhad­os estão sem arranjos de acolhiment­o apropriado­s.

A maioria dos deslocados internos é acomodada por comunidade­s anfitriãs com recursos limitados. Eles habitam em edifícios abandonado­s, clínicas, escolas ou mesquitas tendo vários deles falado de filhos que deixaram de ir à escola.

O ACNUR trabalha com organizaçõ­es parceiras congolesas nas províncias de Kassai, Kassai Central, Kwango, Kwilu e Lualaba onde oferece mais de 267 mil refeições quentes por dia.

Cerca de 20 mil pessoas vulnerávei­s da província de Lualaba devem beneficiar nos próximos dias da primeira distribuiç­ão de bens essenciais, incluindo alimentos.

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Deslocados de guerra enfrentam dificuldad­es

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