Conquistas da vela justificam apoio
Os desportos náuticos, através da vela, classe optimist, voltaram a levar o nome de Angola ao mais alto patamar continental, quando a Selecção Nacional conquistou o primeiro lugar no Africano, por equipas e a nível individual, proeza repetida depois de no ano passado já o ter feito na edição organizada pelo nosso país.
O feito alcançado pelos atletas do Clube Náutico de Luanda aumenta as responsabilidades do país no continente, pelo que se torna imperioso que as autoridades desportivas do país olhem de forma diferente para modalidade, dando-lhe suporte financeiro e incentivos de carácter moral. Este apoio não se deve resumir em marcar presença, de membros do Governo, quando as equipas trazem troféus para o país, mas no reconhecimento público aos atletas, bem como na justa premiação que lhes deve ser dada, como está previsto na lei.
Agremiações como o CNL, que promovem a prática da modalidade, devem merecer um tratamento especial e ter os apoios para continuar a caçar talentos noutras paragens fora da Ilha do Cabo e aumentar desta forma o grupo de praticantes.
Quero lembrar que o CNL, para aumentar o interesse pela modalidade, tem uma carteira de incentivos que vão da atribuição de bolsas de estudo aos atletas mais promissores aos subsídios de transporte, entre outros. Os dirigentes do clube dizem que não precisam de rios de dinheiro, mas acreditam que com apoio institucional é possível fazer-se mais, para que o país continue na senda das conquistas continentais, ou até mesmo olímpicas ou mundiais. Mas, para tal é preciso que o apoio que até aqui custa a chegar, apesar dos factos, apareça o mais rapidamente, aproveitando o embalo das recentes vitórias.
É altura de reflectir sobre o assunto, pois é nestas modalidades que gastam pouco mas ganham medalhas, que o Estado deve apostar, apesar das dificuldades financeiras, para que a vela angolana continue de vento em popa.