Governo quer ajuda para a região do Pool
O Governo congolês e as agências da ONU lançaram na quarta-feira, em Brazzaville, um apelo para o financiamento do plano de urgência humanitária conjunta a favor das 138 mil pessoas sinistradas na região de Pool, assolada por uma violência mortífera, refere um comunicado divulgado na capital congolesa.
“O Governo da República do Congo, o sistema das Nações Unidas e outros 16 parceiros humanitários lançaram um apelo de fundos de 23,7 milhões de dólares (20,5 milhões de euros), para financiar um plano de resposta humanitária para ajudar 138 mil pessoas”, segundo o comunicado.
O documento acrescenta que “as necessidades humanitárias mais urgentes estão ligadas à segurança alimentar, à nutrição, à melhoria das condições de higiene, ao acesso à água e aos serviços básicos de saúde.”
“Trata-se de pessoas vulneráveis que restaram nos distritos de Pool, de pessoas deslocadas das zonas afectadas e das que encontraram refúgio nos departamentos vizinhos, assim como das famílias que lhes acolheram”, realça o comunicado.
Esse plano humanitário de emergência abrange os domínios da saúde, nutrição, segurança alimentar, educação, protecção, abrigo, água, higiene e saneamento.
De acordo com um inquérito realizado em Maio último pela Organização Mundial da Saúde (OMS), “as taxas de malnutrição entre as crianças deslocadas pela violência no Pool ultrapassaram os limiares de emergência.”
“A taxa de malnutrição aguda global entre as crianças deslocadas de menos de cinco anos é de 17,3 por cento. Essa taxa ultrapassa o limiar de emergência em 15 por cento estabelecido pela OMS”, revela esse inquérito.
Região vizinha de Brazzaville, a capital, Pool foi assolado por uma guerra civil entre 1998 e 2003, que opôs o Exército governamental aos ex-combatentes ninjas dirigidos por Frédéric Bintsamou “Pasteur Ntumi”.