CPLP pede diálogo para superar a crise
A secretária executiva da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Maria do Carmo Silveira, disse ontem que a GuinéBissau permanece dividida e nem a realização de novas eleições vai resolver o impasse político do país, tendo aconselhado os guineenses a primarem pelo princípio do diálogo permanente e pelo respeito dos acordos.
“A situação na Guiné-Bissau é muito complicada. É um país que infelizmente vive uma situação de crise política que se arrasta há muitos anos, que não se resolveu com eleições. Fica sempre esta dúvida, mas a situação é de tal forma complexa que só os guineenses podem encontrar uma saída”, disse em entrevista à comunicação social. Maria do Carmo Silveira, que está em Brasília onde participou quarta-feira na reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros do bloco lusófono, contou que na última visita ao país africano, no passado mês de Abril, constatou muito ressentimento e falta de diálogo entre a liderança da Guiné-Bissau.
“Encontrei um país muito dividido, em que há uma situação muito complicada, que exige que os principais atores políticos se sentem a mesa, dialoguem e encontrem uma saída. Fiquei com a impressão de que ainda há ressentimentos muito profundos”, afirmou Maria do Carmo Silveira.
“Ainda existe uma dificuldade em criar uma plataforma para o diálogo... Encontrei posições muito extremadas que estão a inviabilizar este diálogo”, afirmou a secretária da CPLP.