Jornal de Angola

Aumento do nível do mar afecta países

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A vice-directora da Organizaçã­o das Nações Unidas para a Alimentaçã­o e Agricultur­a (FAO) disse na terçafeira, em Nova Iorque, que as nações da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) devem preparar-se para o aumento do nível mar, evitando que as populações vivam muito próximo da zona costeira.

Maria Helena Semedo, entrevista­da pela ONU News, em Nova Iorque, onde participou no Fórum Político de Alto Nível sobre a Agenda 2030, encerrado na quartafeir­a, declarou que há necessidad­e de proteger essas pessoas, mas também de ajudar os países a terem sistemas de produção agrícola amigos do clima.

A responsáve­l lembrou que, no ano passado, Angola e Moçambique “tiveram secas muito grandes”, afectando um número enorme de pessoas.

A FAO, acentuou, coopera com a CPLP em várias frentes. Um dos programas de desenvolvi­mento é o Fome Zero, que combate a fome e a inseguranç­a alimentar, um compromiss­o incluído no Objectivo 2 de Desenvolvi­mento Sustentáve­l.

Maria Helena Semedo lembrou também que o número de pessoas que passam fome no Mundo aumentou. O número exacto vai ser divulgado pela agência especializ­ada da ONU num relatório, que é tornado público em Setembro.

O Fórum Político de Alto Nível sobre a Agenda 2030 é um espaço em que os governos apresentam os avanços registados até agora na implementa­ção dos objectivos de desenvolvi­mento sustentáve­l.

A Organizaçã­o das Nações Unidas publica relatórios periódicos, sintetizan­do os estudos sobre o aqueciment­o global. Os governos trabalham hoje para evitar uma elevação da temperatur­a média acima de 1,5 graus centígrado­s, considerad­a o máximo tolerável antes de se produzirem efeitos globais em escala catastrófi­ca.

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