Polícias levam pontos num jogo com casos
Um golo solitário de Richa, nos instantes finais da partida, ditou ontem no Estádio 22 de Junho, no bairro Rocha Pinto em Luanda, a vitória do Interclube frente ao Recreativo do Libolo, na sequência da 20ª jornada do Campeonato Nacional de Futebol, Girabola ZAP.
A formação do CuanzaSul, orientada pelo português Carlos Vaz Pinto, queixouse do trabalho do árbitro Pedro dos Santos, sobretudo por não marcar uma grande penalidade à passagem do terceiro minuto de jogo.
“Claramente não nos deixaram ganhar. Não houve verdade desportiva. Se forem ao balneário nesse momento, vão ver que a frustração dos meus jogadores é grande. O penalti também não foi marcado. Assim fica difícil encostar aos candidatos ao título”, desabafou agastado o treinador do Libolo.
Do lado dos polícias, Paulo Torres, também de nacionalidade portuguesa, começou por felicitar o adversário por dignificar o futebol angolano nas Afrotaças. “Não jogámos com uma equipa qualquer. O Libolo é uma equipa que está a jogar em máxima rotação, apesar do desgaste resultante da maratona de jogos.”
Quanto aos erros assacados ao árbitro, o timoneiro do Interclube foi peremptório: “Nunca falei das arbitragens nas derrotas, não vai ser hoje. Os meus jogadores tiveram um grande espírito de sacrifício, diante de um adversário muito competitivo. Dedico a vitória ao nosso presidente.”
Com a vitória, o Interclube saltou do 10º para o oitavo lugar, com 26 pontos, enquanto o Libolo, 30, continua em quinto.