Banca anuncia avanços junto de correspondentes
O Conselho Nacional de Estabilidade Financeira (CNEF) garantiu ontem que estão a ser superadas as insuficiências que levaram ao fim das relações com os bancos correspondentes internacionais
O Banco Nacional de Angola (BNA) continua a implementar medidas, estratégias e normas com vista à recuperação das relações com os bancos correspondentes das mais prestigiadas praças financeiras do mundo, garantiu o governador da instituição, Walter Filipe, no final da segunda reunião ordinária do Conselho Nacional de Estabilidade Financeira (CNEF), presidida pelo ministro das Finanças, Archer Mangueira. Sem avançar datas para a retomada dessas relações com os bancos correspondentes internacionais, que há mais de um ano cortaram o acesso da banca angolana à compra de divisas no exterior, o director executivo do CNEF garantiu que decorrem acções a nível do BNA para apresentar um quadro diferente do sistema bancário no exterior. Sobre o “Risco País”, o director executivo do CNEF disse que Angola deu já início a trabalhos que vão ajudar à credibilização do sistema financeiro angolano, seguindo “as mais altas recomendações internacionais”.
O Banco Nacional de Angola (BNA) continua a implementar medidas com vista à recuperação das relações com os bancos correspondentes das mais prestigiadas praças financeiras do mundo, garantiu o governador da instituição, Valter Filipe.
Não foram avançados prazos para o reatamento das relações com os bancos correspondentes, mas Valter Filipe, que participou ontem na segunda reunião ordinária do Conselho Nacional de Estabilidade Financeira (CNEF), falou em avanços para que o reatamento das relações com os bancos correspondentes se efective o mais breve possível.
Em declarações à imprensa, o porta-voz do encontro, Gilberto Luther, referiu que o CNEF tomou boa nota do plano de acção que o BNA tem nesse domínio e das tarefas concretas que está a cumprir para a credibilização do sistema financeiro a nível internacional. Gilberto Luther sublinhou que a avaliação sobre se o sistema está apto ou não para voltar a ter a confiança dos correspondentes bancários deve ser feita por esses bancos, realçando que ao sistema financeiro nacional cabe robustecer-se do ponto de vista regulatório. “São eles que a dado momento têm de fazer a aferição”.
O BNA conta com a assistência técnica de instituições congéneres de referência, como o Banco Mundial e o Tesouro Americano, para adequar o seu sistema de supervisão e competências técnicas aos padrões internacionalmente recomendáveis. O objectivo é tornar o sistema financeiro nacional “incólume” à vulnerabilidade em matéria de branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo.
“É claro que estamos todos conscientes de que se trata de uma matéria sensível e que tem o seu nível de complexidade. Mas é a conjugação dos esforços de adequação normativa do sistema que nos vai levar a retomar a relação com os correspondentes de forma exitosa”, sublinhou Gilberto Luther, que reconheceu haver ainda a nível do sistema financeiro nacional insuficiências que a pouco e pouco devem ser superadas.
Estratégia 2017-2021
O Conselho apreciou a Estratégia de Desenvolvimento do Sector Financeiro 2017 – 2021.O documento, apresentado pelo Gabinete de Estudos e Relações Internacionais (GERI), abarca todo o sistema financeiro, como a banca, o mercado de seguros e de fundos de pensões, bem como o mercado de capitais.
O documento foi elaborado com a assistência técnica do Banco Mundial e trata também de aspectos como o combate ao branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo ou ainda a inclusão e educação financeira, seguindo os mais altos padrões do sistema financeiro.
O CNEF olhou também para a definição da estratégia metodológica para aferição do “Risco País”. A reunião do CNEF foi convocada e presidida pelo ministro das Finanças, Archer Mangueira.