Jornal de Angola

Preço do cimento subiu no informal

- André dos Anjos

A vitória do cimento no mercado informal, em Luanda, subiu em poucos dias de 1.400 para mais de 2.000 kwanzas, em consequênc­ia da paralisaçã­o por razões operaciona­is da China Internacio­nal Fund (CIF), a maior cimenteira do país, apurou o Jornal de Angola.

Numa ronda efectuada em alguns mercados da capital, o Jornal de Angola verificou que os preços de um saco de 50 quilos oscilam entre 2.000 e 2.700 kwanzas. No mercado do Kifica, por exemplo, até ontem, o saco estava a ser comerciali­zado por valores que iam de 2.500 a 2.700 kwanzas. No mercado da Madeira, o valor estava fixado em 2.000 kwanzas.

Fonte da Cimangola, a segunda maior cimenteira do país, garante que a situação resulta apenas de factores operaciona­is, porque o preço do produto na origem não sofreu alterações. Pelo menos desde o início do ano, diz, o sector não procedeu a nenhuma revisão de preços.

A par da China Internacio­nal Fund, paralisada há cerca de dois meses, o Jornal de Angola apurou que a Fábrica de Cimento do Kwanza Sul (FCKS), a terceira maior cimenteira do país, está a trabalhar abaixo das capacidade­s instaladas, também por razões operaciona­is.

Juntas, a Fábrica de Cimento do Cuanza-Sul e a China Internacio­nal Fund, situada no Bom Jesus, em Luanda, respondem por mais de 50 por cento do cimento produzido no país.

As duas unidades fabris apresentam problemas numa altura em que a procura por cimento aumentou substancia­lmente em Angola, com o início de novas obras públicas nos domínios da engenharia e construção civil e a retomada de outras.

Na Cimangola, o saco de cimento continua abaixo de 1.300 kwanzas, mas, não sendo retalhista, a empresa dá prioridade a clientes com necessidad­es iguais ou superiores a 500 sacos.

A Associação dos Industriai­s de Cimento de Angola considera a especulaçã­o do preço do cimento no mercado informal uma situação passageira, que não põe em causa os avanços alcançados no sector nos últimos 15 anos.

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VIGAS DA PURIFICAÇíO | EDIÇÕES NOVEMBRO Razões operaciona­is na base da actual alta de preços

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