Preço do cimento subiu no informal
A vitória do cimento no mercado informal, em Luanda, subiu em poucos dias de 1.400 para mais de 2.000 kwanzas, em consequência da paralisação por razões operacionais da China Internacional Fund (CIF), a maior cimenteira do país, apurou o Jornal de Angola.
Numa ronda efectuada em alguns mercados da capital, o Jornal de Angola verificou que os preços de um saco de 50 quilos oscilam entre 2.000 e 2.700 kwanzas. No mercado do Kifica, por exemplo, até ontem, o saco estava a ser comercializado por valores que iam de 2.500 a 2.700 kwanzas. No mercado da Madeira, o valor estava fixado em 2.000 kwanzas.
Fonte da Cimangola, a segunda maior cimenteira do país, garante que a situação resulta apenas de factores operacionais, porque o preço do produto na origem não sofreu alterações. Pelo menos desde o início do ano, diz, o sector não procedeu a nenhuma revisão de preços.
A par da China Internacional Fund, paralisada há cerca de dois meses, o Jornal de Angola apurou que a Fábrica de Cimento do Kwanza Sul (FCKS), a terceira maior cimenteira do país, está a trabalhar abaixo das capacidades instaladas, também por razões operacionais.
Juntas, a Fábrica de Cimento do Cuanza-Sul e a China Internacional Fund, situada no Bom Jesus, em Luanda, respondem por mais de 50 por cento do cimento produzido no país.
As duas unidades fabris apresentam problemas numa altura em que a procura por cimento aumentou substancialmente em Angola, com o início de novas obras públicas nos domínios da engenharia e construção civil e a retomada de outras.
Na Cimangola, o saco de cimento continua abaixo de 1.300 kwanzas, mas, não sendo retalhista, a empresa dá prioridade a clientes com necessidades iguais ou superiores a 500 sacos.
A Associação dos Industriais de Cimento de Angola considera a especulação do preço do cimento no mercado informal uma situação passageira, que não põe em causa os avanços alcançados no sector nos últimos 15 anos.