Papa resgata figura de Maria Madalena
A decisão resulta do contexto eclesial que exige reflexão profunda sobre a dignidade da mulher
A Igreja Católica celebrou ontem Santa Maria Madalena que passou a ser assinalada no Calendário Romano Geral com o grau de “Festa” em 2016, por decisão do Papa Francisco.
“A primeira a chegar [ao sepulcro] é ela: Maria de Magdala, uma das discípulas que tinham acompanhado Jesus desde a Galileia, colocando-se ao serviço da Igreja nascente”, disse o Papa a 17 de Maio deste ano sobre a “apóstola da esperança”.
A Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos publicou um novo decreto, datado de 3 de Junho de 2016, “por desejo expresso do Santo Padre”, para promover e explicar esta mudança. O texto sublinha que Maria Madalena foi a primeira “testemunha” e “anunciadora” da ressurreição de Cristo. A decisão “inscreve-se no actual contexto eclesial, que exige uma reflexão mais profunda sobre a dignidade da mulher”, pode ler-se no documento.
A mudança promovida pelo Papa acontece “no contexto do Jubileu da Misericórdia” para sublinhar “a relevância” da figura de Maria Madalena, “que mostrou um grande amor a Cristo e foi por Cristo tão amada”.
O Papa apresentou em 2013 uma reflexão sobre esta santa, partindo do relato do Evangelho segundo São João que retrata Madalena a chorar junto do sepulcro vazio.