Augusto Tomás destaca realizações económicas
Ministro Augusto Tomás destaca realizações económicas e esforços legislativos que resultaram numa nova dinâmica e num ambiente regulatório apropriado para os negócios ao longo da última década
O Ministério dos Transportes executou o estabelecido no Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 em mais de 90, declarou na sextafeira, em Luanda, o titular do pelouro, num discurso em que enumerou as dez maiores realizações do sector ao longo da última década.
Augusto Tomás, que falava na abertura do VIII Conselho Consultivo Alargado de Balanço da Década do Ministério dos Transportes, realizado sexta-feira, apontou como um dos êxitos a retirada da TAAG da lista negra de União Europeia, a refundação da empresa e o reforço da frota com a aquisição de cinco novos e modernos Boeings 777-300.
Foram reabilitados e modernizados 17 aeroportos e construídos dois, o que foi acompanhado de uma grande evolução na área da navegação aérea e na certificação das companhias e dos operadores aéreos - a pista e placa do Aeroporto do Dundo, o terminal de passageiros do Aeroporto do Cuito e em reabilitação e modernização o Aeroporto de Cabinda estão em curso.
A reabilitação e a modernização dos três caminhosde-ferro - Luanda, Benguela e Moçâmedes - perfaz 2 730 quilómetros de linha férrea servida por 151 estações, 52 locomotivas, 226 carruagens, 282 vagões, sistemas de comunicação e controlo, equipamento e três centros de formação profissional em Catete, no Lubango e no Huambo, acrescentou.
No domínio dos transportes rodoviários, prosseguiu o ministro, mais de nove mil autocarros, camiões e outros meios de transporte foram colocados à disposição da população.
Augusto Tomás declarou, como parte dessa lista, que foram reabilitados, expandidos e modernizados os portos principais - Luanda, Lobito, Cabinda e Namibe , o que foi acompanhado com a aquisição de rebocadores, lanchas rápidas, bóias de sinalização e outros equipamentos de apoio à navegação marítima.
Augusto Tomás apontou também o relançamento do transporte de carga pela companhia de navegação nacional do transporte de passageiros por via marítima através de Catamarã e do serviço de táxi personalizado em várias províncias do país.
Outro marco foi o início da construção do novo Aeroporto Internacional de Luanda (AIL) e do porto de águas profundas do Caio, em Cabinda, bem como a restauração da governação e da gestão de todos os organismos do ministério, incluindo a refundação de alguns institutos e empresas públicas.
Boas leis
Para dar uma ideia do esforço da sua administração, o ministro dos Transportes afirmou que foi aprovada abundante legislação que acumula mais de seis mil páginas e permitiu ao país ter um sector dos transportes regulado e enquadrado nos requisitos das normas e instituições internacionais.
Dados avançados pelo ministro afirmam que, de 2008 a 2017, foram transportados mais de 445 milhões de passageiros e mais de 65 milhões de toneladas de carga e que o sector público dos Transportes é assegurado por sete institutos públicos e 16 empresas que empregam 16.686 trabalhadores.
Dinâmica empresarial
O director-geral do Instituto Marítimo e Portuário de Angola (IMPA), Victor de Carvalho, declarou no encontro que o sector não atingiu as metas em cem por cento, porque a direcção investiu na normalização e actualização de todo o sector e fez muitos investimento no IMPA.
Com os investimentos realizados, foram criadas as bases para edificar infraestruturas e deram-se passos decisivos para tornar o ramo marítimo mais funcional, integrado e conectado com o ramo aéreo e terrestre, para facilitar o escoamento das mercadorias no país. O director-geral do Instituto Nacional dos Caminhos de Ferro de Angola, Júlio Bango, realçou um processo de modernização baseado na transformação das antigas Unidades Económicas Estatais (UEE) em empresas públicas, “substituindo o antigo novo material”, desde o carril de bitola 30 pelo de 50, à substituição das travessas de madeira por outras, de betão, a implantação de um sistema de pregação elástico, novo sistema de sinalização e telecomunicações.
Um projecto de conexão dos três caminhos-de-ferro está previsto para interligar as três linhas do Norte a Sul pelo litoral, Leste e centro de Angola, perfazendo mais de dez mil quilómetros por construir, anunciou o director-geral do Instituto dos Caminhos-de-Ferro.
O VIII Conselho Consultivo Alargado de Balanço da Década do Ministério dos Transportes foi realizado sob o lema “Transportes em números” e analisou dos anos de 2008 a 2017, um período que coincide com o mandato do ministro Augusto Tomás.