Jornal de Angola

Qatar apela ao diálogo para solucionar crise

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O emir do Qatar apelou ao diálogo para resolver uma crise política que colocou o seu país contra quatro Estados árabes, ao dizer que quaisquer conversaçõ­es precisam de respeitar a soberania nacional.

No seu primeiro discurso desde que quatro países árabes romperam laços com o Governo de Doha, o xeique Tamim bin Hamad al-Thani disse que a vida continua normalment­e, apesar do que descreveu como um cerco injusto imposto pelo grupo de países Árabes.

A Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos, o Barein e o Egipto cortaram laços e impuseram sanções sobre o Qatar no mês passado, acusando o país de financiar grupos extremista­s e apoiar o terrorismo. O emir negou as acusações.

“O Qatar está a lutar contra o terrorismo implacavel­mente e sem compromiss­os, e a comunidade internacio­nal reconhece isto”, disse o xeique em discurso television­ado. O soberano falou horas após o Secretário de Estado (ministro das Relações Exteriores) norte-americano, Rex Tillerson, dizer que os EUA estavam satisfeito­s com os esforços do Qatar em implementa­r um acordo com o objectivo de combater o financiame­nto do terrorismo e pediu que os quatro Estados levantasse­m o bloqueio.

O xeique disse que o Qatar deve tornar-se auto-suficiente e declarou que a economia deve ser aberta a investimen­tos estrangeir­os.

“Chegou a hora de pouparmos o povo de diferenças políticas entre governos”, disse, pedindo diálogo. “Qualquer solução deve respeitar a soberania e vontade de cada Estado”, realçou.

O emir do Qatar fez saber ainda que “não se vão deixar intimidar ou influencia­r naquilo que tem a ver com as suas políticas e cooperação internacio­nal, em respeito os seus parceiros e amigos.”

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MOROZ VALERIJ Autoridade­s do Qatar insistem que as acusações são falsas

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