Fim do programa da CIA de treino e apoio militar aos rebeldes
O general norte-americano Raymond Thomas confirmou o fim do programa da CIA de apoio à oposição ao Governo de Damasco e lembrou que a única base legítima para os militares do seu país ficarem na Síria é a luta contra o terrorismo.
“Por isso, Washington recusa suspender as suas operações, apesar dos protestos das autoridades sírias”, disse o general. “O fim do programa da CIA para armar e treinar opositores sírios não é um favor para a Rússia”, disse o chefe do Comando de Operações Especiais dos Estados Unidos da América (USSOCOM), General Raymond Thomas, respondendo a uma acusação do senador republicano John McCain.
O senador manifestou-se contrário ao fim do programa da CIA de apoio aos rebeldes, por servir os russos. “Não é uma concessão para os russos, de modo algum”, disse na sexta-feira num fórum de segurança em Aspen, nos EUA. Segundo Raymond Thomas, a decisão “foi baseada numa avaliação do programa em si, do que queríamos alcançar e se era viável continuá-lo”. “Foi uma decisão difícil”, concluiu.
Na quarta-feira, a imprensa norte-americana informou que o Presidente dos EUA, Donald Trump, cancelou o programa da CIA para entregar armas e treinar facções sírias que se opõem ao Governo de Bashar al-Assad.
A Casa Branca ainda não confirmou estes relatos.
O director da CIA também se recusou a comentar o assunto, quando questionado pela Sputnik. O programa da CIA treinou, até aos últimos meses, mais de 5 mil sírios, com grande intensidade durante os anos em que a guerra afectava quase todo o país, para lutar contra o Governo de Damasco.