Caça ao rinoceronte baixa em seis meses
O número de rinocerontes caçados devido ao seu chifre baixou ligeiramente na África do Sul, durante o primeiro semestre de 2017, com 529 animais mortos contra os 543 no mesmo período do ano passado, anunciou ontem o governo daquele país.
“Esta tendência de redução permite-nos ser prudentemente optimistas. Mas isto não significa que podemos cantar vitória”, declarou a ministra do Ambiente, Edna Molewa.
A África do Sul enfrenta, há quase uma década, a caça furtiva destes rinocerontes, cujo chifre é altamente valorizado no Vietname e na China para presumível uso medicinal. Em média, três rinocerontes são abatidos todos os dias no país.
Um quilograma de chifre é vendido no mercado negro por mais de 60 mil dólares, o que é mais caro que o ouro.
O famoso parque Kruger, no leste da África do Sul, principal local da caça furtiva de rinocerontes, regista números encorajadores com uma baixa de 34 por cento do número de elefantes mortos este ano. Desde Janeiro, a polícia sul-africana prendeu 359 pessoas suspeitas de caça ilegal ou de ligação com o tráfico de chifres.
Nos últimos oito anos, um quarto da população mundial de rinocerontes foi abatida na África do Sul, que alberga a maioria da espécie.