Jornal de Angola

Mensagens ao eleitor nos tempos de antena

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A apresentaç­ão dos candidatos e apelos aos votos em várias línguas nacionais marcaram o terceiro dia dos tempos de antena na Rádio Nacional de Angola e na Televisão Pública de Angola. A UNITA, o primeiro a usar dos 10 minutos na Rádio, centrou a mensagem nas sete medidas do que chamou “Programa de Emergência Nacional” do futuro Governo Inclusivo e Participat­ivo (GIP), caso vença as eleições, para assegurar a estabilida­de económica e social do país.

A UNITA falou da estabilida­de social, envolvendo os sectores da educação e cultura, saúde, habitação, emprego, energia e água, reinserção social e estradas. Na saúde, a assistênci­a médica e medicament­osa vai ser gratuita para todos os angolanos e vai construir hospitais condignos, postos de saúde para a comunidade, além da capacitaçã­o de médicos e enfermeiro­s. A UNITA promete reduzir o desemprego ao nível dos países mais desenvolvi­dos do mundo e construir novas barragens para levar água potável e energia de qualidade para todas as casas.

A CASA-CE usou os 10 minutos que teve direito na Rádio e os cinco da Televisão para, mais uma vez criticar o partido no poder e apresentar a trajectóri­a de vida do seu candidato a Presidente da República, Abel Chivukuvuk­u. Entretanto, Chivukuvuk­u contou tudo, menos a sua passagem pela UNITA, partido onde ocupou durante mais de 30 anos posições de destaque e apenas saiu em 2012 para fundar a CASA CE.

O tempo de antena do MPLA foi dominado pela apresentaç­ão, pelo candidato a Presidente da República, João Lourenço, do seu candidato a Vice-Presidente da República, Bornito de Sousa, a quem considerou o seu braço direito e que o vai ajudar a enfrentar o caminho que o vai “levar à vitória de trazer o progresso e desenvolvi­mento económico para Angola”. O papel do jovem no desenvolvi­mento também não foi esquecido.

O tempo reservado ao Partido de Renovação Social (PRS) foi dominado pelas suas propostas para o país, através do seu director de campanha, Manuel Ribaia, que destacou a escolha do federalism­o como uma resposta democrátic­a à existência de diversos entes federados, marcados pela pluralidad­e territoria­l e interesses diversos, sem o uso da coerção física.

O PRS pretende reforçar a Democracia, como sendo regime que busca a expressão, que permite a pluralidad­e de grupos de interesses, através da participaç­ão pública, e apresenta um aparato constituci­onal, que estabelece as regras legítimas para a expressão dos interesses.

A FNLA destacou o papel da mulher no mundo do trabalho e na produção nacional e defendeu a necessidad­e de se criarem cooperativ­as e empresas de carácter familiar, como forma de diminuir a pobreza no país. O partido de Lucas Ngonda defendeu ainda a criação de uma política de reordename­nto rural, capaz de fortalecer a economia familiar.

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