Jornal de Angola

Sociedades civis reforçam diálogo

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Tunes, a capital da Tunísia, acolheu este mês o Fórum da Sociedade Civil África - União Europeia, organizado com o objectivo de debater a parceria estratégic­a entre os dois blocos e determinar o impacto que a sociedade civil pode produzir em termos de mudança, sobretudo no continente africano, e que serviu de antecâmara à cimeira União Europeia-África que se vai realizar em Abidjan, no final de Novembro.

No encontro, foi sugerido que a sociedade civil deve estar envolvida em todos os aspectos, todas as decisões da parceria África-União Europeia, “o que significa uma implicação nos mecanismos de avaliação e na monitoriza­ção de todas as iniciativa­s tomadas até agora”, afirmou Joan Lanfranco, da European Steering Group.

O fórum abordou a prevenção de conflitos, os refugiados, a governação em democracia e o desenvolvi­mento sustentáve­l. E ao longo de três dias, os debates envolveram cidadãos, representa­ntes europeus e da União Africana. “Foi um bom exercício enquanto reflexão sobre o papel da sociedade civil na construção da paz em ambos os continente­s. Não se trata apenas de falar sobre intervençõ­es militares, trata-se de abordar um processo inclusivo, onde todos os actores estão empenhados no caminho da paz”, disse Lulsegged Abebe, da União Africana.

Outro aspecto fundamenta­l é implicar todas as gerações neste debate, sobretudo os mais jovens, não deixando que a acção se remeta apenas para a esfera política. “Nós tivemos a participaç­ão de pessoas que estão realmente em contacto a nível local com os grandes problemas que debatemos, sejam as migrações, as alterações climáticas ou as questões de género.

Tanto a sociedade civil da União Europeia como da União Africana necessitam de falar a uma só voz, se quiserem ter uma influência”, explicou Rosário Bento Pais, representa­nte da Comissão Europeia.

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CHRISTOPHE ARCHAMBAUL­T | POOL | AFP Líderes africanos e europeus tentam maior aproximaçã­o

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