Fábricas no Tomboco produzem ração animal
O governador Joanes André partilhou o corte de fita com a ministra da Indústria, Bernarda Gonçalves Martins
Duas fábricas, uma para transformação da mandioca em fuba de bombó e outra do milho em ração animal, foram ontem inauguradas pelo governador provincial do Zaire, Joanes André, no município do Tomboco, a 182 quilómetros da cidade de Mbanza Kongo.
O corte de fita foi feito pela ministra da Indústria, Bernarda Gonçalves Martins, em simultâneo com o governador da província, numa cerimónia presenciada pelo candidato do MPLA a VicePresidente da República, Bornito Baltazar Diogo de Sousa, e por membros do Governo do Zaire.
As unidades industriais estão orçadas em dois milhões de dólares. A fábrica de bombó vai produzir duas toneladas de fuba por hora, ao passo que a de milho está habilitada para transformar uma tonelada de milho em ração animal, também por tempo igual.
A ração produzida no Tomboco está preparada para alimentar uma variedade de animais domésticos, nomeadamente gado caprino, bovino, suíno e aves. As duas unidades fabris, de médio porte, começaram a funcionar há duas semanas e foram visitadas pela ministra da Indústria, Bernarda Gonçalves Martins.
Neste momento, a província do Zaire concedeu emprego directo a 20 jovens que receberam formação intensiva para permitir o arranque das duas fábricas.
Ao intervir no acto, o governador agradeceu ao Executivo pela atenção que dedica à província do Zaire no processo de construção de infra-estruturas básicas em todos os sectores da vida social e económica da região. A ministra da Indústria, Bernarda Gonçalves Martins, valorizou a acção que tem em vista facilitar o escoamento dos produtos do campo para cidade que anteriormente apodreciam por várias dificuldades.
“Estamos aqui hoje para inaugurar as primeiras fábricas do parque industrial do Tomboco que terá até dez fábricas de processamento dos produtos agrícolas locais”, disse a ministra da Indústria.
O projecto em questão foi aprovado em 2015 pelo Executivo e só agora arrancou, devido a constrangimentos de ordem financeira, disse a ministra da Indústria. O programa de fomento da indústria rural começou no país nos municípios do Tomboco (Zaire), Canjala (Benguela) e Cacuso em Malanje.
A ministra Bernarda Gonçalves Martins disse na ocasião que a acção constitui uma das iniciativas para o combate à fome e à pobreza no seio das famílias rurais, assim como o relançamento das bases para desenvolvimento das comunas e municípios.
A visão do Executivo, disse a ministra da Indústria, visa criar um programa inclusivo com dinâmica entre a indústria e o campo. Para o funcionamento da fábrica de ração, exemplificou, é necessário que o milho que seja produzido pelos agricultores locais. “O programa vai criar condições para poder comprar o milho produzido pela população. A ração aqui produzida vai ser vendida e servirá para alimentar o gado da zona, entre aves, porcos, cabras e bois”, explicou.
Por esta razão, continuou a ministra, a produção de milho clama por quantidades consideráveis. Para tal desiderato, o projecto possui uma nave com imputs agrícolas como adubos, sementes e fungicidas, disponíveis para a venda à população, visando o fomento da produção.
Em relação à transformação da mandioca em fuba de bombó, o procedimento, para a ministra, será semelhante ao do milho. O Executivo pretende melhorar a qualidade da fuba de bombó do Tomboco e passar a vender para outras regiões do país.
Investimento privado
A ministra da Indústria, Bernarda Martins, sublinhou que, a par da cativação do investimento privado, o programa trabalha para angariar meios financeiros que permitam montar as restantes fábricas de processamento de produtos agrícolas.
A governante reconheceu que uma das necessidades prementes do Tomboco consiste numa fábrica de sumos, polpas e compotas de frutas, visto o Zaire ter um potencial económico na região em termos de produção de hortofrutícolas. “Então, temos que ir ao mercado verificar os preços do equipamento para instalação de uma unidade desta e encontrar pessoas dinâmicas para sua exploração”, garantiu.
O programa vai criar condições para comprar o milho produzido no país. A ração aqui produzida vai ser vendida e servirá para alimentar o gado da zona, entre aves, porcos, cabras e bois