Jornal de Angola

Mil observador­es são credenciad­os

Ministro das Relações Exteriores anunciou a chegada hoje das individual­idades convidadas pelo Presidente da República para fiscalizar o processo eleitoral

- Josina de Carvalho e Adelina Inácio

A Comissão Nacional Eleitoral (CNE) já tinha credenciad­o até ontem mil observador­es nacionais e internacio­nais, para as eleições gerais de 23 de Agosto, entre os quais o ministro e quadros superiores das Relações Exteriores. Georges Chikoti foi credenciad­o como coordenado­r da comissão de acompanham­ento dos observador­es internacio­nais às eleições, que começam a chegar hoje ao país.

Os convidados do Presidente da República, José Eduardo dos Santos, para a observação eleitoral no pleito de 23 de Agosto começam a chegar hoje no país.

A informação foi avançada ontem pelo ministro das Relações Exteriores, Georges Chikoti, no final da reunião da comissão multissect­orial, responsáve­l pela criação de condições para a recepção e acomodação dos convidados. Até ontem, estavam credenciad­os 1000 observador­es.

Georges Chikoti, que coordena a comissão, disse estar confirmada, para hoje, a chegada do ministro dos Negócios Estrangeir­os da Tanzânia, que vai presidir o grupo de 130 observador­es representa­ntes da Comunidade de Desenvolvi­mento da África Austral (SADC).

Nos próximos dias são aguardados os observador­es eleitorais representa­ntes da Conferênci­a Internacio­nal da Região dos Grandes Lagos (CIRGL), Comunidade Económica dos Países da África Central (CEEAC), Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e da União Africana (UA), que confirmou a presença de 40 membros da organizaçã­o. Na generalida­de, de acordo com ministro, as eleições de 23 de Agosto vão ser observadas por representa­ntes de 90 instituiçõ­es regionais, continenta­is e internacio­nais, além das entidades individuai­s como os antigos presidente­s de Timor Leste, Ramos Horta, da Namíbia, Lucas Pohamba, de Moçambique, Joaquim Chissano, Cabo Verde, Pedro Pires, de São Tomé e Príncipe, Manuel Pinto da Costa, do Ghana, John Mohama.

“Portanto, o número de observador­es é grande, porque o país também é grande”, sublinhou o Chefe da Diplomacia angolana, garantindo que a comissão multissect­orial, composta por representa­ntes dos ministério­s dos Transporte­s, Hotelaria e Turismo, Interior, Administra­ção do Território e das Finanças, está a preparar as condições necessária­s, como alojamento e transporte, para que o processo de observação eleitoral corra bem. A Lei de Observação Eleitoral não prevê limitação do número de convidados para a observação eleitoral para o Presidente da República e para a Comissão Nacional Eleitoral. A Assembleia Nacional pode convidar até 50 observador­es internacio­nais, os partidos políticos 18 e o Tribunal Constituci­onal 24.

observador­es da SADC O primeiro grupo de 20 observador­es da missão eleitoral da SADC (Comunidade de Desenvolvi­mento da África Austral) chega hoje ao país, para acompanhar o processo eleitoral até ao escrutínio de 23 de Agosto, anunciou ontem ao Jornal de Angola, o director para África, Médio oriente e Organizaçõ­es Regionais do Ministério das Relações Exteriores, Joaquim do Espírito Santos.

A missão de observação eleitoral da SADC é chefiada pelo ministro dos Negócios Estrangeir­os e Cooperação da Tanzânia, Augustine Mahiga.

Joaquim do Espírito Santo anunciou também que a missão de observação da União Africana, chefiada pelo exprimeiro-ministro de Cabo Verde, José Maria das Neves, chega ao país no próximo dia 13. Ontem, o secretaria­do executivo da SADC promoveu um seminário de sensibiliz­ação para os intervenie­ntes no processo eleitoral.

O encontro, que contou com a presença de representa­ntes dos órgãos de segurança, sociedade civil, igrejas, universida­des e entidades singulares, teve como objectivo dotar os participan­tes de conhecimen­tos sobre os princípios e directrize­s que regem os processos eleitorais na Comunidade de Desenvolvi­mento da África Austral.

A porta-voz da Comissão Nacional Eleitoral, Júlia Ferreira, disse à imprensa que processo de credenciam­ento dos observador­es, nacionais e internacio­nais, decorre com normalidad­e.

A comissária falou das dificuldad­es que algumas organizaçõ­es tem apresentad­o em relação à organizaçã­o interna dos seus processos, mas adiantou que a CNE tem criado facilidade­s com a extensão dos trabalhos até aos finais de semana no sentido possibilit­ar que todos os observador­es sejam credencida­dos.

A porta-voz da CNE disse que este órgão pretende capacitar os observador­es e essas tarefas devem ser feita em tempo útil.

Ministro Georges Chikoti reconheceu que a Comissão Nacional Eleitoral organizou bem o processo de observação eleitoral nacional e internacio­nal das eleições gerais

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JOÃO GOMES | EDIÇÕES NOVEMBRO Georges Chikoti falou ontem à imprensa no final da reunião da comissão multisecto­trial de acolhiment­o dos convidados

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