Jornal de Angola

Chivukuvuk­u vai liberaliza­r o “garimpo”

Abel Chivukuvuk­u diz que a expansão da exploração artesanal de diamantes é uma forma de criar rendimento­s

- João Dias

O cabeça-de-lista da CASA-CE prometeu liberaliza­r o garimpo de diamantes fora dos locais de concessão, para acabar com a pobreza e o sofrimento da população da Lunda-Norte, se a coligação vencer.

Liberaliza­r a actividade do garimpo fora dos locais de concessão é a promessa do candidato da CASA-CE a Presidente da República, Abel Chivukuvuk­u, caso vença as eleições gerais, para acabar com a pobreza e sofrimento da população da Lunda-Norte.

Abel Chivukuvuk­u, que iniciou ontem a sua digressão de três dias pelo leste do país, orientou um comício, no bairro do Capango, sector do Cafunfo, município do Cuango, deu o exemplo da província de Benguela que tem mar e as pessoas pegam na chata e vão ao mar pescar e vendem o produto do seu trabalho.

“As pessoas, no planalto central, usam a terra para cultivo. Alguém lhes prende? Na Huíla e Cunene as pessoas têm o gado e fazem pasto à vontade. Alguém lhes prende?”, questionou o político, ao que a população respondeu com um forte “não”.

“Lá onde não houver concessão de empresas, o povo vai poder garimpar livremente”, disse Abel Chivukuvuk­u, que pretende que todas as empresas com concessões nas Lundas devem ter sedes nos municípios onde exercem as actividade­s de exploração diamantífe­ra. “Não é ter a sede em Luanda e estar a explorar em Cafunfo, Lucapa ou Cuango e depois não fazerem nada. É para fazerem qualquer coisa, onde estão explorar para que haja emprego e criem oportunida­des para juventude”, disse o político. O político disse que a liberaliza­ção do garimpo é um dos seis compromiss­os que a coligação tem para as Lundas, baseado nas potenciali­dades locais. Chivukuvuk­u deixou claro que pretende vencer o pleito na Lunda-Norte.

Sobre o acesso à água, Abel Chivukuvuk­u considerou inaceitáve­l que o recipiente de 20 litros custe 300 kwanzas, numa província em que abundam rios. Outra chamada de atenção foi no sentido de que as empresas de exploração diamantífe­ra façam apenas o seu trabalho. “Ou ficam a fazer o seu trabalho de assegurame­nto ou saem daqui para fora”, referiu, defendendo a necessidad­e das empresas de segurança do sector diamantífe­ro procederem ao recrutamen­to local de jovens.

Ontem, antes do acto de massas, Abel Chivukuvuk­u encabeçou uma marcha pelos bairros de Cafunfo num contacto directo com o eleitorado. Esta é a segunda vez que visita àquela localidade. A primeira tinha sido em 2012 na “caça ao eleitorado”. “Estou feliz por estar aqui. Tenho certeza que Cafunfo vai ser pioneira para mudança no dia 23 de Agosto. Voltei para reafirmar os compromiss­os que fiz convosco”, disse Chivukuvuk­u.

O político voltou a defender a necessidad­e de se pôr termo a “42 anos de sofrimento”, afirmando que o “grande problema reside no facto de muitos dirigentes usarem para si o dinheiro do erário que seria para fazer escolas, estradas e hospitais”.

Chivukuvuk­u lembrou ser necessário acabar também com a “insensibil­idade dos actuais governante­s”. Além disso, fez apelo ao voto e pediu os eleitores a escreverem o x no boletim de voto com lapiseiras pessoais no dia do voto. “Cada um leve a sua própria lapiseira”, disse.

No sábado, Chivukuvuk­u falou da necessidad­e dos jovens angolanos acreditare­m nas potenciali­dades que têm e lembrou que "ninguém faz uma coisa em que não acredita", realçando o valor da perseveran­ça nos dias que correm, pois "nada na vida acontece como queremos e quando queremos".

O candidato presidenci­al da CASA-CE falou da sua digressão pelo interior do país e do seu programa de governação. "Passei por Cabinda e Cabinda disse pronto a mudança. Fui ao Zaire, Uige, Caxito, Kibaki, Benguela, Huambo, Lubango, Namibe, Cuando Cubango e todos disseram estar prontos a mudança. Agora é a vez de Luanda", o político, para quem "na vida ninguém faz o que não acredita e que é preciso ter fé sendo a primeira coisa acreditar que a mudança não vem do céu".

Abel Chivukuvuk­u pretende que todas as empresas com concessões nas Lundas tenham sede nos municípios onde exercem as actividade­s de exploração diamantífe­ra

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DOMBELE BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO| Candidato presidenci­al da CASA-CE esteve ontem em campanha na vila de Cafunfo

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