Tropas americanas próximas de Al Tanf
As tropas norte-americanas reforçaram a presença na fronteira de Al Tanf, entre a Síria e o Iraque, onde prestam apoio às facções rebeldes sírias, disse ontem à Agência EFE o líder do Exército dos Comandos da Revolução, Mohanad al Talea.
“As tropas dos EUA não se retiraram e nem vão se retirar, pelo contrário, reforçaram a sua presença em Al Tanf”, disse Al Talea ao telefone desde essa passagem fronteiriça, sem oferecer detalhes sobre o número de soldados norte-americanos.
Nas últimas semanas, alguns meios de comunicação internacionais informaram sobre uma possível retirada em ordem de tropas das forças dos EUA da zona.
No dia 19, o jornal “The Washington Post” afirmou que o Presidente Donald Trump decidiu suspender um programa da CIA para armar e treinar as tropas rebeldes na Síria, ainda que depois o governante tenha acusado esse meio de comunicação de inventar esses dados. Al Talea apontou que os EUA continuam a apoiar a sua facção e outros grupos rebeldes sírios. “Nós recebemos o respaldo da coligação internacional e do Pentágono”, indicou o líder insurgente, que acrescentou que há outras organizações rebeldes sírias apoiadas pela MOC (siglas em inglês de Centro de Operação Militar), com base na Jordânia e controlada pela CIA, que tão pouco parou de dar suporte.
Al Talea acusou o Estado Islâmico (EI) de atacar com a milícia pró-governamental iraquiana ‘Multidão Popular’, de credo xiita, perto do limite entre o território sírio e o do Iraque. “Houve um ataque do EI contra as milícias da parte iraquiana e mataram vários de seus membros”, assegurou. Ontem, a ‘Multidão Popular’ atribuiu às forças norte-americanas o bombardeamento contra um grupo de milicianos da sua unidade na fronteira entre o Iraque e a Síria, o que foi negado por Washington, que lidera a coligação internacional contra as acções do grupo Estado Islâmico.