Ciêntistas procuram explicar o mito sobre tanto sucesso
que Usain Bolt não corre, voa, ou que o jamaicano não é de carne e osso. O programa Today, da rádio 4 da BBC, chegou a convidar no ano passado um proeminente médico a assistir a final dos 100 metros e analisar os movimentos de Bolt, para entender o que acontece com o corpo do atleta durante a corrida.
Para disputar uma prova como a final dos 100 metros, os corredores devem chegar recuperados das meias-finais, realizadas uma hora e meia antes, e fazer o aquecimento, para assegurar que os músculos estejam flexíveis, quentes e elásticos, com menor possibilidade de lesão.
Esses músculos contêm a chamada fibra muscular de contracção rápida: músculos fortes, poderosos e rápidos na contracção, mas também de fácil fadiga. A maioria das pessoas tem cerca de metade de músculos com fibras rápidas e metade com fibras lentas.
Mas o homem mais rápido do mundo tem 80 por cento da musculatura composta por fibras rápidas.
Os corredores dos 100 metros, em geral, pesam entre 90 e 100 kg, por isso, quando passam pela etapa de aceleração da corrida, devem fazer contracções muito potentes das coxas, para acelerar rapidamente o corpo durante a prova.
Segundo um modelo matemático da equipa de Jorge Hernández, da Universidade Autónoma do México, para marcar o tempo de 9,58 segundos, Bolt necessitou de uma força de 815,8 newtons, atingindo a velocidade de máxima de 12,2 metros por segundo.
Bolt manifesta interesse em praticar futebol. Chegou a realizar testes no Manchester United, daí a ansiedade dos seus fãs.