UNITA contra local de voto muito distante
O dirigente da UNITA Vitorino Nhani denunciou ontem a existência de casos de eleitores que foram transferidos para locais muito distantes das áreas de voto.
A UNITA denunciou ontem a existência de vários casos de eleitores que foram transferidos para locais muito distantes, mesmo depois de, durante a actualização, terem indicado pontos mais próximos para votarem no dia 23 deste mês. A denúncia foi feita pelo secretário da presidência do partido para os assuntos eleitorais, Vitorino Nhani, durante uma conferência que serviu para apresentar aquilo que a UNITA considera serem os “riscos do processo eleitoral”.
O político disse, a título de exemplo, que no município de Caimbambo, na província de Benguela, os eleitores da sede foram transferidos para a comuna de Kanhamela, que fica a 60 quilómetros, e os desta localidade encaminhados para a aldeia Luwe, também a 60 quilómetros da sede municipal.
A UNITA diz também haver casos de eleitores transferidos para outras províncias. Vitorino Nhani citou, entre outros, o exemplo do cidadão Manuel Nvovi, residente no Bairro Operário, em Luanda, onde votou em 2008 e 2012, que terá sido transferido para o município do Nóqui, na província do Zaire. Outro exemplo é o de Simão António, com o cartão de eleitor n.º 9542 e grupo 66336, residente em Cacuaco (Luanda), que terá sido transferido para votar na mesa n.º 4 da Escola “8 de Janeiro”, também conhecida por "João Firmino Chimanga, no município do Tômbwa, província do Namibe.
A UNITA denunciou a existência de escolas fora do mapeamento para acolher assembleias de voto, mas que estão com os distintivos da CNE para o funcionamento de assembleias. Deu como exemplo o município de Viana, em que existem 252 escolas para albergar mesas de assembleias de voto e 1.305 que não constam do mapeamento.