Financiamento da dívida é negociado no exterior
O Ministro das Finanças, Archer Mangueira, está autorizado a implementar medidas que possibilitem a conclusão dos trabalhos para a concretização do financiamento externo através de “eurobonds”, refere nota do Ministério no seu “site” na Internet.
A autorização explanada em Decreto Presidencial n.º 229/17 de 4 de Agosto, que aprova a “estratégia de emissão de títulos de dívida soberana nos mercados internacionais, sob a forma de ‘eurobonds’, com o objectivo de melhorar a composição do stock da dívida externa”, prevê a angariação até ao montante de dois mil milhões de dólares norte-americanos.
Angola estreou-se na emissão de “eurobonds” em Novembro de 2015, através de um consórcio de bancos liderado pelo norte-americano Goldman Sachs International, e que incluiu ainda o alemão Deutsche Bank e os chineses da ICBC International, com a emissão no montante de 1,5 mil milhões de dólares, para uma maturidade de dez anos.
A estratégia de lançamento de “eurobonds” nos mercados internacionais em 2015, pode ler-se no despacho, “demonstrou um novo e importante canal de acesso ao financiamento externo para a prossecução de objectivos económicos e sociais de interesse público “indispensáveis ao desenvolvimento nacional, em particular, dos Programas de Investimentos Públicos e de outros programas e projectos de interesse nacional enquadrados no Plano Nacional de Desenvolvimento”.
Entre os principais benefícios que uma emissão soberana pode gerar, está a diversificação das fontes de financiamento externo, o estabelecimento de fontes de financiamento de longo prazo, bem como o impacto positivo em termos de avaliação das agências de notação de risco.