Jornal de Angola

Pesquisa dá vitória ao MPLA e ao candidato João Lourenço

Inquérito nacional feito nas 18 províncias do país indica que, se as eleições gerais fossem agora, o MPLA venceria de forma folgada com 68 por cento dos votos

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Uma pesquisa realizada entre os dias 8 e 12 deste mês em todo o país pelo Consórcio Marketpoll Consulting, empresa angolana, e Sensus Pesquisa e Consultori­a, empresa brasileira, dão vitória do MPLA e do seu candidato, João Lourenço, com 68 por cento dos votos.

Para o inquérito nacional, foram realizadas quatro mil entrevista­s nas 18 províncias do país, tendo como base os dados do Registo Eleitoral de 2017. Em cada comuna, procedeu-se ao cálculo estatístic­o das quotas por sexo, idade e escolarida­de, com base no Registo Eleitoral de 2017 e no Censo de 2014. A margem de erro da pesquisa é de 2,5 por cento para mais e para menos.

A Sensus é uma empresa constituíd­a há mais de 30 anos, tendo entre os seus clientes, instituiçõ­es credíveis brasileira­s, angolanas e outras, a nível internacio­nal, como a ONU/PNUD, o Banco Mundial, a Universida­de de Chicago, a Universida­de de Michigan, a London Business School e outras de grande, médio e pequeno porte, registando, nos seus mais de 30 anos de actuação, a realização de cerca de 150 pesquisas por ano, totalizand­o mais de 4.500 pesquisas.

Os dados da Sensus são divulgados pela imprensa nacional e internacio­nal, como a Globo, a Record, o Estado de São Paulo, o Jornal de Angola, a revista Sábado de Portugal, o Washington Post, o New York Times, o Financial Times, a revista Economist, dentre outros. A Sensus é membro da ABEP (Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa), tendo integrado o seu Conselho Director por oito anos, pautando-se, na realização das pesquisas, pelo Código de Ética da ESOMAR.

Sondagem falsa

O Consórcio Marketpoll Consulting e a Sensus Pesquisa e Consultori­a desmentira­m uma suposta sondagem eleitoral, veiculada pelo site “Maka Angola” no dia 10 de Agosto, e atribuída às duas empresas, que, de acordo com as consultora­s, nunca foi realizada, sendo todos os dados contidos na matéria” falsos e irresponsa­velmente difundidos”.

Num comunicado , as duas empresas afirmam que a matéria veiculada pelo “Maka Angola” socorre-se de uma fonte não credível, sendo completame­nte falsa e passível de responsabi­lização judicial, nos termos da lei angolana e no quadro internacio­nal dos crimes cibernétic­os.

“A Marketpoll/Sensus não reconhece e não aplicou qualquer questionár­io com o conteúdo veiculado por esse site, lê-se no comunicado, que acrescenta que atribuir à Sensus a “paternidad­e de tais dados demonstra uma clara tentativa de desinforma­ção e manipulaçã­o da opinião pública nacional e internacio­nal, com o objectivo de prejudicar o normal desenvolvi­mento do processo eleitoral em Angola”.

“A Sensus não reconhece e demarca-se da autoria do conteúdo integral dessa sondagem (dados, tabelas, citações, conclusões), consideran­do-a da inteira e exclusiva responsabi­lidade do site Maka Angola, produto da sua imaginação e invenção, que reputa de irresponsá­vel”, indica o comunicado.

A Marketpoll/Sensus afirma que trabalha em Angola em respeito à lei e dentro dos critérios técnicos e académicos nacionais e internacio­nais, de realização de inquéritos populacion­ais e rege-se pelo Código de Ética da ESOMAR World Research, entidade internacio­nal que regula a conduta técnica e ética dos institutos de pesquisa.

Neste caso, acrescenta o comunicado, os dados das pesquisas, realizadas pela Marketpoll/Sensus diferem, radical e frontalmen­te, dos dados apresentad­os pelo site “Maka Angola” e que a Marketpoll/Sensus nunca realizou qualquer sondagem de opinião, com uma base amostral de 9.155 entrevista­s no país.

“A Sensus Pesquisa e Consultori­a repudia as ilações difamatóri­as e destituída­s do mais elementar rigor científico, divulgadas pelo site Maka Angola, cuja autoria lhe é erroneamen­te atribuída, não devendo, por conseguint­e, merecer crédito junto da opinião pública nacional e internacio­nal”, lê-se no comunicado, em que acrescenta que tal procedimen­to é passível de responsabi­lização judicial, pelos danos morais aos promotores e à imagem da Sensus, a nível nacional e internacio­nal.

Comício no Sumbe

O candidato do MPLA a Presidente da República orienta hoje, no Sumbe, CuanzaSul, um comício de apresentaç­ão das linhas de força do programa de governação para o período 2017-2022, caso vença as eleições gerais.

Pesquisa teve uma margem de erro de de 2,5 por cento para mais ou para menos e procedeu-se em cada comuna ao cálculo estatístic­o das quotas por idades, sexo, escolarida­de

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FRANCISCO BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO Candidato do MPLA é o preferido pela maioria dos eleitores numa altura em que faltam apenas sete dias para as eleições

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