Jornal de Angola

ONG anunciam suspensão de resgate no Mediterrân­eo

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à assistênci­a humanitári­a e a inseguranç­a na zona levaram a que mais duas ONG suspendess­em as operações de resgate de migrantes no Mediterrân­eo, depois de uma primeira já o ter feito.

As ONG Sea Eye e Save the Children anunciaram ter suspendido estas operações após os Médicos Sem Fronteiras também terem cancelado no sábado os resgates a bordo do navio “Prudence”, devido à inseguranç­a e às “restrições à ajuda humanitári­a” por parte da Líbia.

A Sea Eye, uma organizaçã­o alemã que tem dois barcos de bandeira holandesa, disse que vai suspender temporaria­mente a sua missão, tendo em conta “a mudança da situação de segurança no Mediterrân­eo ocidental” e o “explícito tratamento contra as ONG” por parte dos guardas costeiros líbios.

A “Save the Children anunciou “com pesar” que a sua embarcação “Vos Hestia” vai permanecer atracada em Malta “à espera de compreende­r se há condições de segurança para retomar as operações”, atendendo à “situação preocupant­e” que se verifica naquele país do norte de África.

A preocupaçã­o destas ONG prende-se com a intenção do Governo de União Nacional Tripoli, que controla uma pequena parte do país, de estabelece­r a sua própria zona de busca e resgate de imigrantes. A confirmar-se essa pretensão, a Líbia vai ampliar as suas competênci­as marítimas por mais 12 milhas, “empurrando” para mais longe as ONG que procediam ao resgate destas pessoas em águas internacio­nais.

Até agora, desconhece­mse os planos da Líbia e a distância em que pretende aumentar a zona de busca e resgate.

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As restrições da Líbia

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