João Lourenço com banho de multidão no Sumbe
Candidato a Presidente da República lembrou que a província do Cuanza-Sul tem características específicas que facilitam o trabalho dos investidores e potencialidades que podem ser exploradas para o desenvolvimento
Novo banho de multidão de João Lourenço, desta vez na cidade do Sumbe, onde o candidato do MPLA a Presidente da República discursou num comício bastante concorrido. O cabeça-de-lista do MPLA às eleições garantiu que o próximo Governo do MPLA vai construir um porto de águas profundas em Porto Amboim. João Lourenço falou das potencialidades económicas da província, particularizando os recursos marinhos.
O MPLA vai construir um porto de águas profundas na cidade de Porto Amboim, caso vença as eleições gerais de 23 de Agosto, prometeu ontem, na cidade do Sumbe, CuanzaSul, o candidato do partido a Presidente da República.
João Lourenço, que orientou um acto político de apresentação das linhas de força do programa de governação para o período 2017-2022, dirigido a milhares de pessoas, sobretudo militantes, simpatizantes e amigos do MPLA, disse que o CuanzaSul tem potencialidades muito particulares com as quais o país conta para o seu desenvolvimento. “Porto Amboim pode contribuir se tiver um porto de águas profundas que possa receber navios de grande porte e contribuir de forma decisiva para o mais rápido desenvolvimento económico e social do país”, realçou.
O candidato a Presidente da República e vice-presidente do MPLA lembrou que a província tem características específicas que facilitam o trabalho dos investidores.
João Lourenço apontou, fundamentalmente, a proximidade dos rios Longa e Keve com os portos de Luanda e do Lobito e as vias de comunicação que ligam a capital e o litoral, atravessando a província, como aspectos que permitem impulsionar, por exemplo, o agro-negócio e servir os mercados interno e externo com bens de consumo. Embora tenha ressaltado a existência de muita produção no Cuanza-Sul e de um número significativo de fazendas que produzem bens agrícolas e gado para a produção de carne, o político reconheceu que a produção ainda é insuficiente.
“Vamos trabalhar depois de 23 de Agosto no sentido de aumentar consideravelmente a quantidade de produtos agrícolas e pecuários produzidos na província”, disse.
João Lourenço realçou também a importância das pescas na economia e considerou que os investimentos nas infra-estruturas do sector em terra são insuficientes, pelo que urge trabalhar para inverter o quadro e consumir produtos processados e de qualidade. Sublinhou que deverá também se incentivar o surgimento de várias indústrias transformadoras, com o envolvimento do Executivo e de empresários nacionais e estrangeiros.
Muito ovacionado pela juventude, numa praça eleitoral que em 2012 o MPLA conseguiu eleger o total de cinco deputados pelo círculo provincial, com 325.134 votos, representando 84,90 por cento, João Lourenço afirmou que o Cuanza-Sul tem também possibilidade de desenvolver o turismo.
“A combinação das várias formas de turismo pode trazer importantes receitas e contribuir para o desenvolvimento e aumento de postos de trabalho”, disse
Na visão de João Lourenço, o MPLA tem estado e vai dar continuidade à promoção do diálogo social com as diferentes franjas representativas da sociedade, tendo sublinhado os encontros com os docentes universitários, organizações femininas, sindicatos, antigos combatentes e veteranos de guerra, professores, estudantes universitários, enfermeiros, instituições religiosas, empresários, fazedores de cultura e desportistas, para mais facilmente ter êxitos na aplicação do programa de governo.
“Não temos a ideia de que tudo sabemos e dominamos. Trabalhamos para o povo e com a sociedade. Temos ideias espelhadas no programa, mas reconhecemos que parte do que auscultamos deve ser considerado e incluído no programa”, disse.
Além de destacar o papel dos professores do ensino de base e dos enfermeiros e técnicos equiparados, o político garantiu que é “nossa aposta melhorarmos a qualidade dos nossos serviços nessas duas áreas e estamos absolutamente empenhados em vencer esta batalha.”
João Lourenço sustentou que a sociedade civil são as igrejas, associações empresariais, juvenis, femininas e demais equiparadas e “não aquelas que, para os outros, só falam mal do Governo e até recebem prémios lá fora.”
“Para alguns partidos políticos, só esses são a chamada sociedade civil: quem escreve e fala mal do Governo e nas redes sociais insulta os seus dirigentes”, lamentou, tendo frisado que esta é uma forma errada de pensar e agir.
Além de destacar o trabalho que o MPLA tem desenvolvido no seio da sociedade civil, para a resolução dos problemas existentes no país, com contribuições ou críticas, agradeceu a coragem desta em dar bons conselhos e “puxar as orelhas” quando necessário.
Candidato do MPLA a Presidente da República explicou aos presentes o procedimento correcto para votar no partido e o comportamento a ter no dia de voto, à semelhança do que fez na cidade do Dundo