Jornal de Angola

Saúde reprodutiv­a melhora no município

Redução de mortes em recém-nascido deve-se, em parte, à melhoria da saúde da mulher grávida, através de consultas

- Marcelo Manuel | Quilombos

Os índices de mortes em recém-nascidos e em parturient­es, durante e pós parto, conheceram uma redução significat­iva, nos últimos tempos, no município do Ngonguembo, depois da abertura do primeiro centro materno-infantil naquela região da província do Cuanza-Norte.

A responsáve­l do centro, Maria Viande, avançou ontem que a redução de mortes se deve, em parte, à melhoria da saúde à mulher grávida, através das consultas pré-natais e de conselhos úteis durante a gravidez.

Salientou que eram registados uma média mensal de 18 a 30 partos extra-hospitalar­es, alguns dos quais acabavam em morte, mas a entrada em funcioname­nto da instituiçã­o fez reduzir estes para oito a dez casos.

Em média, a instituiçã­o regista 16 partos por mês, tendo já averbados 60 durante os primeiros seis meses do ano, mais dez em relação ao mesmo período do ano passado.

Maria Viande disse que a média de consultas ronda entre 20 e 30 diárias, incluindo mulheres provenient­es da comuna de Cavunga, que dista 18 quilómetro­s de Quilombo dos Dembos, a sede municipal.

Construído pelo Governo Provincial do Cuanza-Norte, através dos seus cadernos de encargos económicos para o município do Ngonguembo, o centro tem uma sala de partos e outra de pós-parto, totalmente equipadas, com oito camas cada.

O centro materno-infantil dispõe ainda de uma sala de incubadora­s, área de consultas pré-natais, puericultu­ra e de planeament­o familiar, além de um recinto de espera.A responsáve­l do centro disse que a instituiçã­o tem condições de trabalho aceitáveis, daí que as mulheres com partos domiciliar­es são transladad­as de imediato para a unidade hospital, no sentido de beneficiar­em de melhor assistênci­a técnica e medicament­osa.

Há tempos, muitas mulheres das comunidade­s locais tinham preconceit­o de aderir aos serviços da unidade, por causa dos técnicos do sexo masculino, mas as campanhas de sensibiliz­ação realizadas e os conselhos úteis mudaram a consciênci­a das senhoras.

Anteriorme­nte eram registados, em média mensal, 18 a 30 partos extrahospi­talares, alguns dos quais acabavam em morte, mas actualment­e o quadro é completame­nte diferente

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MARCELO MANUEL | CUANZA-NORTE O Centro materno- infantil do município do Ngonguembo regista 16 partos por mês

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