Festival de Música Zwá homenageia criadores
A II edição do Festival Zwá reúne durante cinco dias, a partir de 24 deste mês, vários artistas e bandas no Palácio de Ferro
Os músicos e compositores André Mingas, Zé Keno, Wiza e Mário Silva são homenageados na segunda edição do Festival Zwá - Pura Música Mangop, que abre com oito espectáculos no dia 24, a partir das 16h00, no Palácio de Ferro, em Luanda.
A informação foi avançada pelo mentor do projecto, Fernando Alvim, na segunda-feira, em Luanda, durante uma conferência de imprensa de balanço da I edição do Festival, que afirmou que, além dos quatros músicos, a iniciativa, que vai decorrer durante cinco dias, vai estender a distinção ao realizador e fotógrafo Nguxi dos Santos.
De acordo com Fernando Alvim, André Mingas é considerado o pai da trienal, por desenhar o projecto da música para a iniciativa da Fundação Sindika Dokolo e ter sido um dos músicos que contribuíram para o sucesso que a Trienal de Luanda foi granjeando durante as edições anteriores. O mentor do projecto garantiu que os espectáculos têm a duração de uma hora e que a maioria das bandas e músicos convidados na edição passada já confirmaram a sua participação.
Fernando Alvim disse que quatro dos palcos do Palácio de Ferro recebem os nomes dos músicos homenageados, tendo acrescentado que o guitarrista Zé Keno, falecido este mês na África do Sul, é homenageado pela segunda vez na III Trienal de Luanda, sendo que na primeira distinção ainda estava em vida. Para Fernando Alvim, para além Iniciativa da Fundação Sindika Dokolo distingue músicos a título póstumo espectáculos são realizados no primeiro dia de Wiza ser homenageado, a III Trienal de Luanda está a desenhar um festival que será denominado Wiza, por ser um músico jovem que, com a sua capacidade artística poética e rítmica, conseguiu transmitir à sociedade boas mensagens através da música.
As receitas financeiras angariadas pelo festival, disse Fernando Alvim, vão servir para garantir o sustento da esposa e do filho, como forma de honrar Wiza por tudo o que fez em prol do desenvolvimento da música nacional e por ter levado o nome Angola além-fronteira.
O Festival Zwá, disse o mentor do projecto, vai ser também realizado futuramente em algumas províncias onde já se está a criar as condições, com destaque para Benguela.
Balanço das actividades
A III Trienal de Luanda já realizou até domingo último, em 562 dias, 83 semanas, um total de 2.568 eventos realizados, congregando 3.359 artistas. Na música, num total de 163 horas, igual número de concertos nos quais actuaram 1.105 artistas nos oitos palcos do Palácio de Ferro, com destaque para Filipe Mukenga, Carlos Burity, Duo Canhoto, Clara Monteiro, Afra Sond Stars, Semba Master, Banda Movimento, Zé Kafala e os Kiezos.
Passaram ainda pelos palcos da Trienal, os músicos Gabriel Tchiema, os Kituxi, Semba Muxima, Dalú Roger, Sandra Cordeiro, Kyaku Kyadaff, Kizua Gourgel, Wiza Kendy, Mito Gaspar, Patrícia Faria, Totó, Idimakaji e Ngoma Jazz.
Para além de concertos musicais, a Trienal também desenvolveu várias exposições de artes plásticas com destaque para a mostra “Memória magnética - ressonância histórica”, de António Ole, que ficou patente durante 37 dias, num total de 444 horas, assim como 30 concertos de música gospel, com a actuação 679 artistas, como Totó, Sandra Cordeiro e Angospel.
O cinema nacional também está a ser exibido, no Palácio de Ferro. Durante 28 dias, foram exibidos curtas-metragens de 29 realizadores, assistidos por mais 780 pessoas. A Trienal inclui ainda a exibição de espectáculos de teatro, tendo já sido exibidas 489 peças de vários grupos, com destaque para Henriques Artes, Pitabel, Resgarte, Twana Teatro e Protevida.