Cumprida a promessa que foi feita ao povo
O Presidente José Eduardo dos Santos inaugurou ontem várias estruturas administrativas, tecnológicas, rodoviárias e residenciais. No Sambizanga, o Chefe de Estado cumpriu a promessa de dar habitação condigna à população, entregando as primeiras chaves de
Três momentos marcaram o dia 18 de Agosto, para a população de Luanda: alívio para o trânsito na zona da Boavista, com a abertura do sistema viário que liga a área ao Sambizanga, a entrada em funcionamento do Centro Integrado de Formação Tecnológica (Cinfotec), e o começo de uma nova vida para 2.800 famílias, na zona da Marconi, distrito do Hoji Ya Henda, município do Cazenga.
A família de Maria Araújo da Silva foi a primeira beneficiária da nova urbanização, erguida numa área equivalente a 20 campos de futebol no local onde antes estava instalada a Rádio Marconi. Maria da Silva, que antes vivia na zona do Mota, também no Sambizanga, recebeu, do Presidente da República, as chaves do apartamento.
Emociada, depois de trocar algumas palavras com o Presidente exibiu as chaves aos presentes. "É um orgulho, uma satisfação muito grande. O Presidente prometeu e sempre cumpriu", disse à imprensa, quando o Presidente da República abandonava o local, ovacionado pelas famílias beneficiárias e pela multidão que se deslocou ao local para agradecer e manifestar o carinho ao Chefe de Estado e sua comitiva.
Além dos 468 apartamentos modernos, a nova urbanização tem 24 lojas, espaços de lazer, Estação de Tratamento de Água e um Centro Integrado de Atendimento ao Cidadão (SIAC), que integra no mesmo espaço instituições como o Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos, Direcção Nacional de Viação e Trânsito, Direcção Nacional de Impostos e Instituto Nacional de Segurança Social, entre outros. A ministra do Urbanismo, Branca do Espírito Santo, afirmou que a primeira fase da urbanização Marconi, iniciada em 2014, prevê dois mil apartamentos.
Parte do processo de reconversão urbana do Sambizanga e do Cazenga, o projecto tem como propósito retirar as famílias que vivem em zonas de difíceis condições de habitabilidade e realojá-las em áreas urbanizadas e com melhores condições. Melhor circulação Com a abertura, também ontem, do Viaduto da Avenida Lueji Anconda, o Presidente José Eduardo dos Santos inaugurou o sistema viário Boavista/Sambizanga, que vai melhorar o trânsito na zona da Boavista, distrito Urbano do Sambizanga. O viaduto vai permitir a circulação de 2.636 veículos por hora nos seus 110 metros de extensão e 5.100 metros de vias de acesso.
As obras do sistema viário automóvel abarcam a construção das estradas da Sonils, com uma extensão de 2,13 quilómetros, zona da Boavista, troço que dá acesso ao Porto de Luanda, construção das estradas da zona da Boavista, ligação da estrada da Sonils e via expressa Luanda/Kifangondo.
O sistema faz também parte do programa de construção e reabilitação das vias rodoviárias de acesso ao novo Aeroporto Internacional de Luanda. Ao dirigir-se ao Chefe de Estado e demais membros da delegação, o ministro das Finanças, Archer Mangueira, lembrou que a melhoria das condições de acesso à zona portuária e do novo Aeroporto Internacional de Luanda vai contribuir para reduzir os custos dos transportes, conferir maior competitividade à produção nacional e melhorar a eficiência do comércio externo de Angola.
Para Archer Mangueira, trata-se de "um passo estratégico importante para o desenvolvimento integrado do país", acrescentando que o projecto demonstra "a visão de futuro do Presidente da República, José Eduardo dos Santos, na perspectiva de desenvolvimento nacional". "Ao integrar o novo Aeroporto Internacional de
Urbanização é parte do processo de reconversão urbana do Sambizanga e do Cazenga e visa retirar as famílias que vivem em zonas de difíceis condições de habitabilidade
Obras do sistema viário automóvel abarcam a construção das estradas da Sonils, com uma extensão de 2,13 quilómetros, zona da Boavista e o troço que dá acesso ao Porto de Luanda
Luanda nas modernas infraestruturas de transporte, Angola vai abrir uma nova porta para consolidar um novo rumo nos transportes aéreos", disse o ministro que destacou, igualmente, a participação de quadros nacionais nas diversas obras de engenharia.
“É fundamental que as nossas escolas do Ensino Superior apostem cada vez mais na formação dos nossos quadros, de tal forma que seja possível reduzir substancialmente as necessidades de importação de know How”, disse, para acrescentar que o país necessita de aproveitar os investimentos nos diferentes sectores da economia, para criar um serviço de engenharia nacional e de excelência. Recuperação das vias O ministro da Construção, Artur Fortunato, destacou o empenho do Presidente da República na materialização dos diferentes programas de recuperação e construção de infra-estruturas, que ajudaram e vão continuar a ajudar a catapultar o desenvolvimento do país.
Artur Fortunato lembrou o programa de construção das passagens superiores e inferiores, em 2002 e 2003, ao que se seguiu, em 2005, o programa das vias estruturantes de Luanda e o programa de reconstrução das infraestruturas rodoviárias com o objectivo de restabelecer alguma normalidade na circulação entre os cidadãos e as diferentes comunidades.
"Este foi um momento de viragem que permitiu voltar a interligar o país, alargar e facilitar as comunicações, promover a proximidade entre as pessoas, estimular a economia e despertar o espírito criador e inventivo dos angolanos", afirmou o ministro.
Artur Fortunato destacou ainda as intervenções realizadas para estabilizar as encostas da Boavista e do Sambizanga que requereram empenhado trabalho de engenharia, resultando na valorização das áreas em causa e outras adjacentes, que agora recebem mais de 14 quilómetros de ruas e avenidas, sistemas de abastecimento de água, sistemas de electricidade e telecomunicações, e outras infra-estruturas que estão a transformar o Sambizanga. “As intervenções no domínio da requalificação urbana, no quadro da requalificação e valorização de muitas áreas, tornaram possível a construção de equipamentos sociais diversos, como escolas de diferentes níveis de ensino e serviços de atendimento aos cidadãos ", disse.