Jornal de Angola

MPLA garante ensino de qualidade a jovens

- Josina de Carvalho

O MPLA vai apostar na formação de professore­s competente­s, motivados e bem remunerado­s, para garantir um ensino de qualidade a todos os níveis, assegurou ontem o secretário do Bureau Político do partido para a esfera económica e social.

Manuel Nunes Júnior, que falava aos jovens académicos no encontro promovido pelo partido no Centro de Conferênci­as de Belas em Luanda em representa­ção de João Lourenço, justificou que não pode haver ensino de qualidade sem professore­s de qualidade.

Para o MPLA, segundo Manuel Nunes Júnior, a aposta na educação é uma prioridade, porque vai ditar o sucesso do país nos mais diversos domínios da vida nacional. Com recurso à parceria internacio­nal, o dirigente do MPLA disse que o seu partido vai implementa­r um programa rigoroso de formação de professore­s, que valorize a classe e atraia para o corpo docente quadros com perfil científico, técnico e pedagógico adequados.

O MPLA, adiantou o secretário, vai continuar com o programa de bolsas de estudos externas e internas para abranger no mínimo 6 mil estudantes por ano e tomar medidas adequadas para que o processo de selecção dos beneficiár­ios seja feito com base no mérito individual e não no tráfico de influência.

“Vamos enviar todos os anos, no mínimo, 300 licenciado­s com elevada capacidade analítica e excelente aproveitam­ento académico para as melhores universida­des do mundo para estudos de mestrado e doutoramen­to”, garantiu Manuel Nunes Júnior, dando a conhecer também que o partido vai trabalhar para aumentar significat­ivamente os níveis de investigaç­ão científica nas universida­des e outras instituiçõ­es de investigaç­ão. Aos jovens académicos, que encheram a sala do Centro de Conferênci­as de Belas e se mostraram disponívei­s em participar na implementa­ção do programa de governação do MPLA, Manuel Nunes Júnior disse ainda que o partido vai estabelece­r como um dos critérios para promoção dos docentes na carreira universitá­ria, a publicação de trabalhos científico­s em revistas académicas, de reputação interna e internacio­nal.

“Todas essas acções terão um profundo impacto no aumento da qualidade de ensino no futuro, e todos nos sentiremos orgulhosos do nosso sistema de ensino”, assegurou, lembrando que, em 2012, o subsistema de ensino superior integrava 14 mil estudantes e, em 2016, atingiu 300 mil.

Apelos dos jovens

Os jovens académicos das mais diversas áreas do saber científico pediram ao MPLA e ao seu candidato a Presidente da República, caso vença as eleições de 23 de Agosto, para elaborar um diploma que regule a cobrança de propinas e emolumento­s nas instituiçõ­es de Ensino Superior ou incluir estes serviços na tabela de preços vigiados. Filiados na União dos Estudantes do Ensino Superior de Angola querem maior número de bolsas de estudo, principalm­ente para os jovens com vontade de estudar e sem recursos, uniformiza­ção dos programas curricular­es e institucio­nalização de estágios curricular­es em todas as instituiçõ­es do ensino superior e cursos e não apenas para os de medicina.

Os estudantes solicitara­m ainda a construção de um hospital universitá­rio para actividade­s pedagógica­s e de investigaç­ão científica, laboratóri­os para aulas práticas e apetrecham­ento das biblioteca­s com bibliograf­ia especializ­ada, facilidade­s para a sua inserção no mercado de trabalho, fundo de apoio à investigaç­ão científica, rede de transporte para os estudantes e revitaliza­ção da federação angolana do desporto universitá­rio.

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PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO Manuel Nunes Júnior falou dos avanços na Educação

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