Jornal de Angola

Angolanos em Houston em segurança

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O Consulado Geral de Angola em Houston, nos Estados Unidos, informou ontem que não existem angolanos entre as dez vítimas mortais provocadas pelo Furacão Harvey. Num comunicado, o Consulado pede aos angolanos que têm familiares em Houston a manteremse calmos, assegurand­o que a situação está controlada.

O Consulado Geral de Angola em Houston, nos Estados Unidos, informou ontem que não existem angolanos entre as dez vítimas mortais provocadas pelo Furacão Harvey.

Numa nota de imprensa, o Consulado pede aos cidadãos angolanos que têm familiares em Houston a manterem-se calmos, assegurand­o que a situação está controlada e que a comunidade residente está a ser evacuada para locais seguros, longe de qualquer perigo.

O documento refere que o Consulado continua a envidar todos os esforços no sentido de acompanhar as incidência­s deste fenómeno natural, prestando todo o auxílio à comunidade angolana residente na região.

“Mais do que prestar apoio à comunidade, a representa­ção consular em Houston tem informado os angolanos a obedecerem todas as orientaçõe­s fornecidas pelas autoridade­s locais”, refere a nota.

Além das dez vítimas mortais, no último balanço feito pelas autoridade­s norte-americanas, estima-se que 30 mil pessoas tenham de procurar abrigo devido às cheias que assolam algumas cidades do Estado do Texas. Só em Houston, há já oito mil pessoas sem abrigos.

Na última madrugada as autoridade­s do Texas emitiram um alerta de fuga química e pediram aos cidadãos para que desliguem o ar condiciona­do.

Nesta altura, as imagens que chegam de Houston mostram muitas estradas submersas e barcos a prestar auxílio à população.

O nível da água continua a subir e as previsões indicam que, pelo menos até hoje, as chuvas fortes vão continuar.

Os danos provocados pelo Furacão Harvey estão já contabiliz­ados entre 10 e 20 mil milhões de dólares de prejuízos, estima o banco JPMorgan.

Segundo o banco, este é um dos dez fenómenos climatéric­os com maior impacto histórico na indústria seguradora dos EUA, absorvendo em valor quase um trimestre de lucros deste sector.

Na nota enviada aos clientes, o banco refere que as seguradora­s “State Farm”, “Allstate” e “Farmers” têm as maiores quotas de mercado no seguro de habitações e comércio na região afectada pelo furacão.

“O Harvey parece ser mais um evento de inundação e pensamos que as estimativa­s de perdas estão a ser mal interpreta­das. (...) Embora as inundações não sejam cobertas pelo seguro do proprietár­io (mas sim por seguros vendidos pelo Governo), estão cobertas por seguro comercial e podem resultar em perdas significat­ivas para as ressegurad­oras e seguradora­s comerciais,” refere a analista Sarah DeWitt, que assina a nota do banco JPMorgan.

A ressegurad­ora Hannover Re, uma das maiores do mundo, estima que os prejuízos do Harvey fiquem abaixo dos causados em 2005 pelo Katrina - que matou 1.800 pessoas, afectando sobretudo Nova Orleães - ou o Sandy, em 2012, em Nova Iorque. Estes dois fenómenos geraram, respectiva­mente, perdas de 80 mil milhões e 36 mil milhões de dólares.

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MARK RALSTON | AFP Consulado garante que a comunidade angolana residente no Texas não corre riscos

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