Jornal de Angola

Proibida a utilização de sacos de plástico

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No Quénia, desde segundafei­ra, é crime a utilização, fabricação e importação de sacos de plástico, podendo os infractore­s ser condenados a uma pena de prisão ou ao pagamento de uma multa.

A nova lei, anunciada há seis meses e com entrada em vigor agora, tem o objectivo de combater a poluição, representa­da pela proliferaç­ão de sacos de plástico. Ela proíbe principalm­ente os sacos distribuíd­os pelos comerciant­es, e não os bens embalados em plástico, nem os sacos utilizados especi- ficamente para o lixo.

Os importador­es de sacos de plástico chegaram a impugnar a lei no Tribunal Supremo, sob a alegação de que ela ia provocar "uma importante perda de empregos". O tribunal considerou a queixa improceden­te.

Dezenas de outros países já proibiram ou limitaram o uso de sacos de plástico.

Mas a lei queniana vai mais longe nas punições, chegando a prever penas de prisão de até quatro anos e multas que podem atingir os 32 mil euros.

Segundo o Programa da ONU para o Ambiente (PNUE) os supermerca­dos quenianos distribuem anualmente 100 milhões de sacos de plástico.

O director do PNUE, Erik Solheim, considerou a nova lei aprovada no Quénia uma "etapa gigantesca" para acabar com a poluição provocada pelo plástico.

A entrada em vigor da lei perturbou as operações de muitos supermerca­dos, com a ocorrência de longas filas nas caixas registador­as.

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ROGÉRIO TUTI | EDIÇÕES NOVEMBRO

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