Mais receitas com aumento da exportação de diamantes
Vendas de pedras preciosas renderam em todo o mês de Julho 1.041 milhões de kwanzas em receitas fiscais
A quantidade de diamantes exportados por Angola aumentou quase sete por cento entre Junho e Julho, chegando aos 858.919,13 quilates, correspondente a vendas globais que subiram para 98,3 milhões de dólares. Os dados referem-se às receitas diamantíferas divulgadas em Julho de 2017.
A quantidade de diamantes exportados por Angola aumentou quase sete por cento entre Junho e Julho, chegando aos 858.919,13 quilates, correspondente a vendas globais que subiram para 98,3 milhões de dólares norte-americanos.
A informação resulta de dados do Ministério das Finanças sobre a arrecadação de receitas diamantíferas em Julho de 2017, apontando que Angola vendeu em média, cada quilate, a 114,48 dólares, contra os 109,61 dólares do mês anterior.
As vendas de diamantes renderam em todo o mês de Julho, aos cofres do Estado, 1.041 milhões de kwanzas em receitas fiscais, como Imposto Industrial e “royalties” pagos pelas empresas mineiras, uma ligeira quebra face ao mês anterior.
Desde o início do ano, Angola já exportou 5.571.503 quilates de diamantes, que por sua vez renderam 8.607 milhões de kwanzas (43,5 milhões de euros) em receitas fiscais. As vendas globais desde Janeiro ascendem já a 615 milhões de dólares (515 milhões de euros), período em que Angola chegou a exportar cada quilate a um preço médio de 123 dólares, pico atingido no mês de Março.
Os diamantes renderam a Angola 1.082 milhões de dólares em 2016, uma redução de 100 milhões de dólares comparativamente a 2015, segundo dados avançados em Dezembro passado pelo ministro da Geologia e Minas de Angola, Francisco Queirós.
“Em 2016, o sub-sector dos diamantes registou um bom desempenho no que se refere à produção industrial, tendose registado uma diminuição considerável no mercado artesanal motivado pela escassez de divisas no mercado cambial”, explicou o ministro. A produção total de diamantes atingiu os 8.934.000 quilates, correspondente a 99,21 por cento da meta corrigida de 2016.
“Se não tivesse havido uma diminuição considerável na produção artesanal de quase 60 por cento da produção, o volume total de diamantes este ano teria ultrapassado a meta e atingido cerca de 102 por cento da cifra programada”, disse o governante. Francisco Queirós anunciou anteriormente a entrada em operação do maior kimberlito do Mundo, o Luaxe, na província angolana da Lunda Sul, e de outros projectos de média e pequena dimensão nas províncias diamantíferas da Lunda Norte e Sul, de Malanje, do Bié e do Cuando Cubango, o que vai levar à duplicação da produção diamantífera angolana anual a partir de 2018.
A produção de diamantes no país pode aumentar de nove milhões de quilates para 13,8 milhões de quilates/ano, no período 2017-2022, no quadro do desenvolvimento e modernização da indústria extractiva, com base no programa de Governo do MPLA para os próximos cinco anos, apresentado hoje em Luanda.
De acordo com o programa, o MPLA garante adoptar medidas de política para o aumento da produção de rochas ornamentais de 59,8 mil metros cúbicos para 104,6 mil metros cúbicos/ano.
Para o ciclo governativo 2017-2022, o programa prevê igualmente o arranque do projecto de produção de ferro gusa com 420 mil toneladas/ano.
Neste período, o país inicia também o projecto de exploração de mineiro de ferro, com uma produção de 1,7 milhões de toneladas/ano, ouro com 25,6 mil onças/ ano e o fosfato com 1,3 milhões de toneladas/ano.
Estudos sobre a criação de pólos de desenvolvimento mineiro vão ser realizados nas zonas em que o “PLANAGEO” revelar grande potencial geológico mineiro, no domínio dos diamantes (Lunda-Sul) , rochas ornamentais (Cunene, Huila e Namibe), minerais metálicos (Cuando Cubando, Huíla Cuanza-Norte e Bengo) e dos agromineirais (Zaire).
O programa sufragado, nas eleições de 23 de Agosto último, prevê o estabelecimento de parcerias adequadas, com vista a acelerar a implementação dos projectos mineiros.
Desde o início do ano, foram exportados 5.571.503 quilates de diamantes, que por sua vez renderam 8.607 milhões de kwanzas em receitas fiscais