Políticos felicitam a população pela conduta nas urnas
Os líderes das formações políticas concorrentes às eleições de 23 de Agosto último na província do Huambo felicitaram a população pela conduta e forma ordeira demonstrada durante o acto eleitoral e afastaram a hipótese de instabilidade no país. Em conferência de imprensa realizada ontem na sede provincial do maior partido na oposição, os secretários locais da UNITA, CASA-CE, PRS e da FNLA disseram estar comprometidos com a paz no país e condenaram quaisquer tentativas de perturbação à tranquilidade e ordem públicas.
Liberty Chiyaka, da UNITA, Almeida Daniel (CASA-CE), António Selende (PRS) e Sérgio Afonso (FNLA) denunciaram, no entanto, aquilo que consideram ser a falta de transparência da Comissão Provincial Eleitoral. Prometeram, em momento oportuno, pronunciar-se sobre o assunto.
Os primeiros secretários provinciais consideram que na província do Huambo as eleições foram marcadas por vários incidentes, que beliscam a vontade da maioria dos angolanos. “A administração eleitoral que localmente executa e organiza o processo não poupou esforços em criar barreiras aos partidos da oposição, a começar pelo atraso no credenciamento de delegados de listas efectivos e suplentes, para que votassem nas mesas onde foram designados a desempenhar as suas funções”, afirmaram.
Satisfação em Benguela
Em Benguela, o presidente da CPE reconheceu que houve um maior entendimento da matéria eleitoral junto dos 839.987 eleitores registados, fruto da acção desenvolvida pelos agentes de educação cívica eleitoral, antes e durante todo o processo eleitoral. O apuramento provincial definitivo em Benguela ditou a vitória do MPLA com 388.310 votos, o que corresponde a 61,51 por cento do total de votos. Nas posições seguintes ficaram a UNITA com 174.530 votos e a CASA-CE 56.297.
Com estes resultados, o MPLA conseguiu eleger quatro deputados e a UNITA um.
De acordo com dados apresentados na quarta-feira pelo presidente da Comissão Provincial Eleitoral (CPE), José Carlos, foram registados 15.039 votos brancos e 8.086 nulos, o que corresponde a 2,30 e 1,23 por cento, respectivamente. José Carlos assegurou que, durante o escrutínio, nenhum voto foi reclamado.
Testemunharam a cerimónia de apresentação dos dados definitivos os representantes de todas as formações políticas concorrentes às eleições gerais de 23 de Agosto.