Desabamento de prédio na Índia mata várias pessoas
sete pessoas morreram e várias estão desaparecidas, após o desabamento de um edifício residencial de quatro andares em Mumbai (Bombaim), a capital financeira da Índia. O colapso do edifício situado no bairro Bhendi Bazaar ocorreu depois de vários dias de chuvas intensas na cidade.
As fortes chuvas já haviam provocado outras dez mortes na cidade. As equipas de emergência trabalham entre os escombros em busca de sobreviventes. As autoridades acreditam que 40 pessoas estivessem no prédio no momento da tragédia. “Sete pessoas morreram e 15 feridos foram retirados dos escombros, cinco deles em estado crítico”, declarou o director de um hospital próximo ao prédio.
Uma fonte da Força Nacional de Resposta aos Desastres confirmou o balanço de sete mortos e afirmou que quase 30 pessoas estariam sob os escombros. A queda de imóveis é frequente na Índia, sobretudo, durante a temporada de chuvas, entre Junho e Setembro. Esta semana, chuvas intensas paralisaram Mumbai.
Milhões de pessoas são obrigadas a viver em locais pequenos e em condições precárias, em consequência dos preços elevados do sector imobiliário e da falta de casas para os mais pobres.
Em 2013, o desabamento de um edifício num bairro residencial causou a morte de 60 pessoas, uma das maiores tragédias do tipo na região. Em Julho, 17 pessoas, incluindo um bebé de três meses, também morreram na queda de um prédio de quatro andares no bairro de Ghatkopar, na zona Norte de Mumbai.
No local do acidente desta quinta-feira, os moradores do bairro, um dos mais antigos da cidade, tentavam ajudar as equipas de emergência. “Ouvimos um grande barulho e corremos para o local”, afirmou à agência AFP Naseem Mogradia, que vive a apenas duas ruas do local.
Situada no coração de Mumbai, a área de Bhendi Bazaar, que data da época colonial, passa por uma importante reforma urbana, avaliada em 600 milhões de dólares norteamericanos, para substituir os prédios antigos, que têm várias décadas.
“Muitos edifícios de Bhendi Bazaar são antigos e se encontram em péssimo estado. Vivemos com medo de desabamento durante as chuvas”, disse Mohamed Shaij, um antigo morador do bairro, de 63 anos.