Jornal de Angola

Prolongado mandato da missão de paz

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O Conselho de Segurança da Organizaçã­o das Nações Unidas aprovou na quintafeir­a, por unanimidad­e, uma resolução que prolonga por um ano o mandato dos “capacetes azuis” no Líbano, após acesas discussões com os EUA, que queriam o reforço da missão.

As árduas negociaçõe­s prolongara­m-se até à votação para aproximar os pontos de vista dos norte-americanos e dos europeus, designadam­ente italianos e franceses, grandes contribuin­tes para a missão da ONU no país, a designada Finul.

“As nuvens de guerra acumulam-se” no sul do Líbano e “a resolução recomenda à Finul que aumente os esforços (...) para que não haja armas nem terrorista­s” na zona, declarou, depois da votação, a embaixador­a dos EUA na ONU, Nikki Haley.

Para a embaixador­a, “a situação continua muito difícil” no sul do Líbano, designadam­ente com “a acumulação de um arsenal (...) que escapa ao controlo do Governo” libanês.

Os EUA, os principais aliados de Israel, querem que a Finul seja mais activa na luta contra o tráfico de armas no sul do Líbano, atribuído ao grupo Hezbollah. A França e a Itália sublinhara­m que o mandato da Finul mantinha a sua essência, apesar das modificaçõ­es de linguagem inseridas no texto, a pedido dos EUA. Desde 2006 e o fim da guerra entre Israel e o Hezbollah, os “capacetes azuis” garantem um cessarfogo e uma retirada israelita de uma zona tampão na fronteira israelo-libanesa. A Finul está no Líbano desde 1978 e conta hoje com 10 mil e 500 efectivos.

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