Autoridades asseguram manutenção das linhas
O Governo emprega cerca de 16 mil milhões de kwanzas na manutenção de mais de 1.700 quilómetros de linha férrea, para o que contrata as mesmas empresas chinesas que, no começo da década, concluíram a reabilitaram dessas infra-estruturas.
A informação figura em duas autorizações subscritas pelo Presidente da República, relativas à necessidade de assegurar a manutenção das linhas dos caminhos-deferro de Luanda (428 quilómetros) e de Benguela (1.344).No caso do Caminho-de-Ferro de Luanda (CFL), cuja linha férrea começou a ser construída em 1881, a reabilitação foi concluída em 2011 pela empresa China Railway International Group (CRIG).
Um Despacho Presidencial de Agosto aprova um contrato com a empresa para garantir os trabalhos de manutenção da linha, por 42,9 milhões de dólares (mais de 7.150 milhões de kwanzas). A contratação da CRIG é justificada no documento com a “incapacidade técnica” da empresa CFL, para “levar a cabo os trabalhos de manutenção da linha, que permitam assegurar a segurança da sua exploração.”
A mesma argumentação é utilizada num outro Despacho Presidencial, em que o Chefe de Estado autoriza o Ministério dos Transportes a contratar, por 55 milhões de dólares (9.171 milhões de kwanzas), a China Railway 20 Bureau Group Corporation (CR20) para garantir, neste caso, a manutenção da linha explorada pelo Caminhode-Ferro de Benguela (CFB).
A reabilitação da linha férrea foi concluída pela CR20 em 2015, voltando assim a fazer-se a ligação, por comboio, entre o litoral, no Lobito, e a fronteira com a República Democrática do Congo, no Luau.
A reabilitação da rede ferroviária angolana - incluindo ainda o Caminho-de-Ferro de Moçâmedes (CFM) - custou, entre 2005 e 2015, cerca de 3,5 mil milhões de dólares (584 mil milhões de kwanzas) e foi garantida por empresas chinesas.