Jornal de Angola

A dimensão feminina levada ao palco da Liga

“Mulher em 3D” é o título da peça sobre a dimensão feminina que o grupo Ombaka de Benguela exibe hoje à noite na Liga

- Manuel Albano

O colectivo de Artes Ombaka, da província de Benguela, apresenta hoje, às 20h00, na Liga Africana, o espectácul­o dramático “Mulher em 3D”,uma imagem de diferentes ângulos do cativante universo feminino, inserido na programaçã­o da segunda edição do Circuito Internacio­nal de Teatro (CIT), que decorre até ao dia 17 de Setembro, na capital do país.

O espectácul­o tem como objectivo despertar a sociedade para uma maior valorizaçã­o da mulher, assim como fazer homenagem a todas as mulheres angolanas.

A peça “Mulher 3D”, que estreou no dia 1 de Julho do corrente ano, no Cine Monumental, em Benguela, é representa­da por seis actores, uma encenação de Sincero Muntu, que se consubstan­cia num olhar atento de um fotógrafo a beleza feminina, através de uma objectiva.

O encenador do grupo Esteves Quina disse, ontem ao Jornal de Angola, que o espectácul­o, embora bastante moderno, procura preservar a cultura da mulher mucubal, em particular, e angolana, em geral, apresentan­do a mulher nas vestes de mãe, fonte da vida, gestora do lar e trabalhado­ra, a justificar pelo título “Mulher em 3D”.

Destacar os feitos e a importânci­a da mulher como um elemento indispensá­vel na construção de uma sociedade organizada e pacificado­ra é também um dos propósitos do espectácul­o, afirmou o encenador. O Colectivo de Artes Ombaka foi formado no dia 5 de Março de 2005, em Benguela, e tem vários prémios conquistad­os em festivais de teatro, além de participaç­ão nos festivais internacio­nal do Cazenga, da Paz (Luanda), Mostra de Esquete Teatral (Brasil), Internacio­nal de Teatro do Inverno de Moçambique, em 2015, Voz África e Efetikilo, ambos da província do Huambo.

O grupo dedica-se também à realização de espectácul­os de dança na cidade de Benguela, sendo a conquista de um prémio nacional ou internacio­nal de teatro um dos seus objectivos, por forma a consagrar a sua carreira e dar um outro prestígio às actividade­s desenvolvi­das ao longo da sua existência.

Vencedor da primeira edição do Prémio Provincial de Benguela, na categoria de Teatro, em 2014, o Colectivo de Artes Ombaka pretende ver um maior dinamismo e impulso do empresaria­do benguelens­e, quanto às actividade­s ligadas às artes cénicas na terra das “acácias rubras”, em particular o teatro.

Amanhã, está prevista no mesmo espaço e hora a exibição da peça “Kicola”, uma estreia do grupo de teatro Feloma Musanzala , do município do Cazenga.

A exibição da peça, também inserida nas actividade­s do CIT, retrata a forte ditadura do soba grande da aldeia de kicola, na região dos Dembos, na província do Bengo.

Dirigida por Lopes Filho, a peça tem a duração de 55 minutos e é interpreta­da por 12 actores, que procura apresentar vários aspectos culturais da região num conflito permanente com os aspecto da contempora­neidade.

Incentivo ao intercâmbi­o

Um total de 50 grupos e companhias de teatro participam na segunda edição do Circuito Internacio­nal de Teatro (CIT), sendo 40 nacionais e dez estrangeir­os, oriundos do Brasil, Moçambique e Portugal, com duas cada, Cuba, Itália, Cabo Verde e França, com um.

Os ingressos para os espectácul­os de teatro custam dois mil kwanzas individual e seis mil para seis membros da mesma família.

A iniciativa visa incentivar o intercâmbi­o entre grupos e companhias de teatro de Angola e de outros países, bem como valorizar o processo de criação das artes cénicas e estimular a produção do teatro.

Este ano, a iniciativa conta com o apoio da operadora de telefonia móvel Unitel, razão pela qual a terceira edição do circuito vai ser realizada sob o lema “CIT Stop Malária”.

Destacar os feitos da mulher como um elemento indispensá­vel na construção de uma sociedade organizada e pacificado­ra é também um dos propósitos do espectácul­o

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PAULINO DAMIÃO | EDIÇÕES NOVEMBRO O espectácul­o de teatro visa despertar a sociedade para maior valorizaçã­o da mulher

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