Nguesso em visita de Estado
Os dois países são membros da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC) e dos Grandes Lagos
O Presidente do Congo, Denis Sassou Nguesso, é esperado hoje em Luanda para uma visita de Estado de algumas horas a Angola, no quadro do reforço da cooperação bilateral. As conversações com o Presidente José Eduardo dos Santos decorrem no Palácio Presidencial da Cidade Alta. O chefe da diplomacia do Congo, Jean Claude, chegou sábado a Luanda.
A cooperação entre Angola e Congo vai sair mais reforçada com a chegada hoje, a Luanda, do Presidente Denis Sassou Nguesso, para uma visita de trabalho de algumas horas. As conversações com o Presidente José Eduardo dos Santos decorrem antes do meio-dia no Palácio Presidencial, na Cidade Alta.
Para preparar a visita, o ministro dos Negócios Estrangeiros da República do Congo, Jean Claude, chegou sábado a Luanda e ontem teve um encontro de trabalho com o ministro das Relações Exteriores, Georges Chikoti.
Membro da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC) e da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos, cuja presidência é assumida por Angola, a República do Congo realizou este ano eleições autárquicas e a segunda volta das legislativas, depois de no ano passado o Presidente Dennis Sassou Nguesso ter sido reeleito nas presidenciais para mais um mandato de cinco anos.
Em Agosto, Sassou Nguesso formou um novo Governo de 35 ministros, uma redução de três departamentos ministeriais em relação à anterior equipa governamental, que tinha 38.
O Partido Congolês do Trabalho (PCT, no poder) venceu as eleições autárquicas de 16 de Julho, depois de vencer também as legislativas e controla quase a totalidade dos Conselhos Regionais Autárquicos, com perto de 450 circunscrições.
A primeira formação da oposição, a União Pan-africana para a Democracia Social (UPADS), conquistou 54 lugares contra menos de 40 para a União dos Democratas e Humanistas (UDH-Yuki) de Guy Brice Parfait Kolelas, que terminou em segundo lugar nas presidenciais de 20 de Março de 2016, ganhas por Denis Sassou Nguesso.
No ano passado, o país viveu um clima de instabilidade, com grupos armados a ameaçarem expandir a insegurança por todo o território.
"A situação de segurança é considerada calma, posso dizer que são grupos de fanáticos religiosos que usam o povo como escudo. Existem guerras assimétricas onde não conhecemos devidamente quem é o inimigo. Precisamos de combater este tipo de terrorismo", disse em Junho, Jean BaptisteDzangue, na altura embaixador em Angola.
Jean Dzangue referiu que o seu país realizou um referendo que resultou numa nova Constituição da República, sendo que o Presidente Dennis SassouNguesso,à semelhança de outros políticos, apresentou a sua candidatura e foi eleito.
O diplomada sublinhou que no plano político, os dois presidentes sempre estiveram juntos. “Angola e a República do Congo são países irmãos. Por exemplo, existem interesses no plano económico e os peritos de ambos os Estados estão empenhados em melhorar a cooperação”, disse o diplomata, para garantir que não existem problemas ao longo da fronteira comum. Jean BaptisteDzangue falou também do acordo estabelecido pelos dois países para explorar petróleo na zona económica comum, que, segundo afirmou, é um caso inédito no mundo.
Em Junho, o então ministro da Defesa Nacional, João Lourenço ( Presidente eleito de Angola) esteve em Brazzaville e foi recebido por Dennis Sassou Nguesso, a quem entregou uma mensagem do Presidente José Eduardo dos Santos.
Na altura, João Lourenço referiu que os dois países têm sabido manter firme os laços de amizade que os une e que, em função da realização das eleições gerais em Angola a 23 de Agosto, o Presidente José Eduardo dos Santos fez questão de informar o homólogo congolês sobre o andamento do processo.
Angola e Congo rubricaram, em Março de 2015, sete acordos de cooperação nos domínios Técnico-Militar, do Comércio Transfronteiriço, Transportes e Supressão de Vistos em Passaportes Diplomático e de Serviço.
Angola e a República do Congo rubricaram, em Março de 2015, sete acordos de cooperação nos domínios Técnico-Militar, do Comércio Transfronteiriço, Transportes e Supressão de Vistos em Passaportes Diplomático e de Serviço