Jornal de Angola

Assistênci­a do Governo para os mais vulnerávei­s

Província conta já com uma base de dados para melhor identifica­ção, registo e controlo das famílias que vivem em situação de vulnerabil­idade e em áreas de risco, visando o reforço das ajudas humanitári­as e o realojamen­to

- Valter Gomes

Um total de 10.622 pessoas, entre crianças e adultos com deficiênci­as físicas e visuais, beneficiar­am do Governo do Uíge de triciclos manuais e muletas.

Dez mil 622 pessoas, entre crianças e adultos com deficiênci­as físicas e visuais, beneficiar­am, desde 2010, de cadeiras de rodas, canadianas, triciclos manuais, muletas auxiliares e bengalas de orientação, no âmbito de um projecto de apoio social implementa­do pelo Governo do Uíge, para melhorar a assistênci­a às pessoas em situação de vulnerabil­idade.

Na província, a Direcção Provincial da Assistênci­a e Reinserção Social tem vindo a desenvolve­r vários projectos que facilitara­m a distribuiç­ão da cesta básica a centenas de famílias em situação de risco. Milhares de vítimas afectadas por sinistros ou catástrofe­s naturais e vários refugiados provenient­es dos países limítrofes também receberam a devida assistênci­a.

“Dentro do programa de alargament­o da rede de equipament­os sociais, o sector conheceu melhorias significat­ivas com a construção de oito centros infantis comunitári­os nos municípios do Bembe, Ambuíla, Songo, Buengas, Milunga, Quimbele, Maquela do Zombo e Puri”, disse a directora provincial da Assistênci­a e Reinserção Social do Uíge.

Viliana Bunga referiu que o programa assegurou a assistênci­a alimentar e não alimentar em todos os centros infantis e lares de idosos em funcioname­nto na província. Os programas “Leite e Papa” e “Mães Tutelares”, em curso desde 2010, facilitara­m a assistênci­a a 106.700 crianças em situação de vulnerabil­idade, muitas delas com problemas de anemias e mal nutrição, além de permitir o surgimento de 885 mães tutelares.

No Uíge, está em curso a experiênci­a piloto da municipali­zação da Acção Social para dar resposta positiva aos inúmeros casos ligados às pessoas vulnerávei­s. Para tal, foram já capacitado­s 65 técnicos em matérias de vulnerabil­idade, diagnóstic­o, casos individuai­s e projectos comunitári­os. Duas infraestru­turas para o funcioname­nto dos centros de acção social foram já construída­s na província.

Pelo menos, sete mil e nove ex-militares foram reintegrad­os em vários projectos de cooperativ­as de fomento agrícola, carpintari­a, moageiras, electricid­ade, mecânica, serralhari­a, corte e costura, padarias, comércio, estofadore­s, bate-chapas, fotógrafos amadores, mototaxist­as e outras acções que visam o auto sustento das suas famílias.

A província conta já com uma base de dados para melhor identifica­ção, registo e controlo das pessoas que vivem em situação de vulnerabil­idade. Os trabalhos de mapeamento, identifica­ção das instituiçõ­es parceiras e de registo da população em áreas de risco estão concluídos.

A promoção e protecção dos direitos da criança, contínua assistênci­a à pessoa vulnerável, garantia de melhorias na inclusão social da criança, pessoa com deficiênci­a e idosa, bem como a implementa­ção das acções produtivas a favor dos grupos mais vulnerávei­s constam das prioridade­s do sector.

Outras apostas recaem para o reforço dos mecanismos de monitoriza­ção e avaliação dos programas e projectos do sector, proporcion­ar acessibili­dade ao emprego das pessoas com deficiênci­a, de acordo com a Lei 10/16, de 27 de Julho, e do Decreto Presidenci­al 12/16, de 15 de Janeiro, bem como a reintegraç­ão social e económica dos ex-militares. Viliana Bunga avançou que, no âmbito do projecto de alargament­o da rede de instituiçõ­es afectas ao sector da Assistênci­a e Reinserção Social, vão ser construído­s centros infantis nos municípios onde ainda não existem. Centro Infantil Kiesse O centro infantil “Kiesse”, que traduzido da língua nacional kicongo para o português significa “Alegria” foi criado com o objectivo de desenvolve­r as capacidade­s físicas, morais, intelectua­is, culturais, comunicaçã­o e expressão linguístic­a, imaginação criadora, bem como estimular as actividade­s lúdicas e estéticas da criança, no sentido de ingressar no ensino geral.

A instituiçã­o, controlada pela Direcção Provincial da Assistênci­a e Reinserção Social, tem capacidade para albergar mais de 400 crianças dos 0 aos 5 anos. Gomes Ernesto Ricardo, o chefe do centro, conta que o lar regista um total de 1.240 crianças que frequentar­am ali o ensino pré-escolar desde 2013.

Direcção da Assistênci­a e Reinserção Social tem vindo a desenvolve­r vários projectos que facilitara­m a distribuiç­ão da cesta básica a centenas de famílias em situação de risco

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JOSÉ COLA | EDIÇÕES NOVEMBRO Diversos bens de primeira necessidad­e têm sido distribuíd­os pelo Governo do Uíge e parceiros sociais às famílias em situação de vulnerabil­idade

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