Marcos temporais da discografia do autor de “Esperanças idosas”
Teta Lando gravou pela primeira vez “Luginguluami”, minha vivência, em 1968, depois de uma estadia de cinco anos em Portugal, onde chegou em 1963. Seguiramse depois dois singles que registaram os êxitos, “Um assobio meu” e “Tatanketo”. Em 1973, gravou a canção “Kimbemba”, canção referencial dacarreira de Teta Lando. Um dos registos mais importantes de Teta lando, no universo da canção política militante, aconteceu em 1974, com o álbum “Independência”, a última obra gravada por Teta Lando antes da sua partida para o exílio, em 1975, em França, com o agrupamento Merengues, de Carlitos Vieira Dias.
O álbum “Independência” foi primeiro lançamento da CDA, Companhia de Discos de Angola, disco de ouro, e marca a personalidade de um artista preocupado com os destinos políticos de Angola, entendido como país emancipado.
Ao álbum “Independência” seguiu-se o LP “Reunir”, 1989, duas obras que, embora distantes no tempo, acusam uma certa unidade temática que se consubstancia no desejo de progresso e concórdia entre os angolanos.
Em “Reunir”, Teta Lando regravou o tema “Tatankento”, e desfilam os temas, “Ntoyo”, “Eu vou voltar”, “Reunir”, Funji de domingo”, “Mufete”, de André Mingas, “Luauano” e “Dub Ntoyo”. O CD “Esperanças idosas”, 1993, último trabalho de Teta Lando, atingiu o primeiro lugar no “top” de África, durante dois meses, e foi escutado, num período de três meses, nos voos da Air France. Em “Esperanças idosas”, “o desempenho dos instrumentistas esteve a um bom nível”, recordou Teta lando.
O CD “Memórias”, 19681990, editado em 1997, importante colectânea da obra de Teta Lando, reúne parte substancial da obra de Teta Lando.