Reclusos do Peu Peu produzem alimentos
Reclusos do destacamento prisional do Peu Peu, província do Cunene pretendem contribuir para a diversificação económica por ano com 100 toneladas de produtos diversos, com destaque para hortícolas, leguminosas e cereais.
A informação foi prestada ontem pelo director do estabelecimento, Mário Francisco. O gestor referiu que o projecto está inserido no programa “Novo rumo e novas oportunidades”, que está a ser executado numa área de oito hectares.
Mário Francisco sublinhou que a produção tem sido uma garantia para os reclusos, que para além de contribuir na dieta alimentar, ajuda igualmente as cadeias existentes e a população circunvizinha.
"São produtos destinados a garantir a segurança alimentar interna e os excedentes são comercializados para a manutenção do ciclo de produção", indicou o responsável do estabelecimento.
O gestor sublinhou que actualmente 150 reclusos com comportamento aceitável estão incorporados na agricultura, precisamente na produção de tomate, cebola, repolho, alface, beringelas, milho, feijão, amendoim, batata-doce e rena entre outras hortícolas.
O responsável salientou que a região dispõe de terras férteis para prática da agricultura e bastante água do rio Cunene, para irrigação.
O país tem 40 estabelecimentos penitenciários que acolhem um total de 22.385 reclusos entre detidos e condenados. A Lei da Amnistia decretada pelo Presidente da República, no ano passado, permitiu devolver à liberdade mais de quatro mil reclusos.
Em todo o país, as autoridades penitenciárias estão a desenvolver um programa de ressocialização da população penal, através de aulas e produção agrícola. Na área da alfabetização, o programa decorre sob o lema “Lendo o passado e escrevendo o futuro” e é dividido nos módulos I, II e III, que são aplicados durante os três meses de formação básica da leitura e da escrita.